UNIDADE
3: DAS REVOLUÇÕES INGLESAS À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Ver infográfico pág. 60 e 61
Tema
1: As Revoluções Inglesas do séc. XVII
As
mudanças ocorridas na Inglaterra no séc. XVII deram condições políticas e
econômicas para que ocorresse a industrialização.
1)
·
Entre
os séc. XV e XVII governaram a Inglaterra membros da dinastia Tudor, que
instituíram o absolutismo (concentração
do poder) e transformaram o reino numa grande potência comercial e marítima.
·
Os
principais governantes foram Henrique VIII e sua filha Elizabeth I.
·
Fato
relevante: o rei Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e tornou-se chefe
supremo da Igreja Anglicana (Ato de Supremacia).
·
A
Magna Carta, documento do séc.
XVIII, que limitava o poder dos reis na Inglaterra, pouco a pouco foi
esquecida.
·
No
governo de Elizabeth I o absolutismo inglês chegou ao auge, embora a rainha
governasse com o apoio do Parlamento, caracterizando o que chamavam de “absolutismo disfarçado”.
·
Elizabeth
I governou de forma a tornar a Inglaterra uma grande potência mundial,
favorecendo a burguesia que se beneficiou com o comércio e a pirataria.
2)
·
Outro
fato que beneficiou a burguesia foi a “lei
dos cercamentos” que expulsava os camponeses da zona rural para ceder as
terras aos produtores de lã (criação das ovelhas), destinada às manufaturas
têxteis (tecidos).
·
Ver o
texto “Os cercamentos” pág. 63
3)
·
Após
a dinastia Tudor, sobre ao poder a dinastia Stuart que não se mostrou tão
habilidosa no poder.
·
Descontentes
com privilégios dados aos burgueses anglicanos, os novos burgueses, seguidores
do calvinismo, tentaram matar o rei Jaime I (Conspiração da Pólvora/1605), mas não foram bem sucedidos.
·
Havia
ex-camponeses sem trabalho por causa da Lei dos Cercamentos que iam para as
cidades e provocavam tumultos e revoltas.
·
Carlos
I, sucessor de Jaime I, também se indispôs com o Parlamento, provocando uma
guerra civil.
·
Liderados
por Oliver Cromwell, o exército do Parlamento prendeu e executou o rei Carlos
I, inaugurando a República Puritana,
uma nova forma de governo.
·
No
governo de Cromwell as taxações excessivas foram eliminadas.
·
Em
1651, Cromwell aprovou os Atos de Navegação,
impedindo que as mercadorias negociadas com a Inglaterra fossem transportadas
por navios que não fossem ingleses ou dos países produtores.
4)
·
Após
a morte de Cromwell, volta ao poder a família Stuart e uma nova dinastia
começa.
·
Carlos
II acabou com as leis que restringiam a atuação dos católicos e seu irmão e
sucessor, Jaime II, deu continuidade a essa política de boa vizinhança com a
Igreja Católica, o que provocou a reação dos anglicanos e dos puritanos
(calvinistas), que acabaram, com a ajuda do Parlamento, depondo Jaime II e
levando ao trono o genro do rei, Guilherme de Orange, holandês protestante.
Esse fato ficou conhecido como Revolução
Gloriosa.
·
A
Magna Carta volta a ser respeitada e o Parlamento passa a ter voz ativa.
·
Medidas
administrativas favorecem o desenvolvimento capitalista: livre-comércio,
modernização dos portos e construção de estradas e navios.
·
Definitivamente,
a burguesia assume o poder na Inglaterra.
Tema
2: Inglaterra – pioneira no processo de industrialização
Após
o desenvolvimento econômico inglês, aconteceu na Inglaterra uma importante
transformação social e econômica chamada de REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
O
apoio do governo, a grande oferta de mão de obra barata e o domínio do comércio
mundial explicam o pioneirismo inglês na industrialização. Nessa época a
Inglaterra era a potência naval do mundo.
Os
ingleses dominaram o comércio mundial principalmente com a venda de tecidos de
algodão. Com os lucros obtidos, os ingleses começaram a mecanizar sua produção
têxtil.
Uma
das práticas introduzidas após a lei dos cercamentos, foi a introdução do sistema de três campos em que se
alternava o cultivo de cereais, tubérculos e gramíneas, assim os nutrientes do
solo se renovavam e as ovelhas tinham alimento o ano inteiro. Ver figura da
pág.
Outras
inovações: confinação do gado
(aumento do peso) e aração profunda
(melhor preparo da terra para o cultivo).
Resultado:
aumento da produção agrícola e migração de camponeses para as cidades,
resultando numa força de trabalho numerosa e barata para as fábricas que
surgiam.
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