UNIDADE
6: A CIVILIZAÇÃO GREGA (pág. 158)
Analisar o infográfico da pág. 158 e 159
Tema
1: A origem da civilização grega
A
Grécia atual
Hoje a Grécia é um país europeu localizado ao
sul da Península Balcânica e a língua falada deriva do antigo grego.
Grécia,
um território favorecido pelo mar
A Grécia antiga atingia um território bem
maior do que a Grécia atual. Era dividida em três partes: Grécia continental,
Grécia peninsular e Grécia insular. Ver mapa pág. 160.
Os gregos ocuparam também o sul da Itália,
chamado por eles de Magna Grécia,
além da França, Portugal, Espanha, entre outros territórios.
A
cultura cretense ou minoica
Antes dos gregos, existiram sociedades
organizadas politicamente, como as da ilha de Creta (2000 a.C.), onde os reis
residiam em luxuosos palácios, sendo que na cidade de Cnossos localizava-se o
palácio mais importante.
Até hoje a escrita do povo cretense não foi
decifrada e, embora não se saiba a origem desse povo, os pesquisadores têm a
certeza de que não eram gregos. Foram dominados por volta de 1450 a.C. pelos
aqueus, povo indo-europeu.
A
sociedade micênica
Na Grécia peninsular os aqueus fundaram uma importante cidade
chamada Micenas. Foram eles que atacaram a cidade de Tróia, no séc. XIII a.C.,
segundo relato do poema Ilíada, de Homero.
Por volta de 1200 a.C. os dórios chegaram em Creta e na Grécia
peninsular, enquanto os jônios e os eólios ocuparam a Grécia continental. Foram esses povos que deram origem aos gregos.
Do
genos à cidade-Estado
O genos era formado por uma grande família
aristocrática (possuidora de terras), seus dependentes, escravos ou
trabalhadores livres, além de toda a propriedade. Acreditavam que descendiam de
um mesmo antepassado.
O chefe do genos mais importante era o rei
da comunidade, que governava ajudado por uma assembleia de guerreiros, dando
origem à cidade-Estado ou pólis. (VIII e VII a.C.)
A
cidade-Estado grega
Também chamada de pólis, a cidade-Estado
grega era formada por cidadãos que se autogovernavam, ou seja, reuniam-se para
discutir e decidir sobre as questões da comunidade. No início eram considerados
cidadãos apenas os aristocratas, mas com o tempo, o direito de participar das
decisões se estendeu a outros grupos sociais.
A
expansão colonial grega
A falta de terras cultiváveis levou muitas
pessoas a se endividarem, tornando-se escravos por dívidas. A procura por
terras férteis levou os gregos a fundar colônias em outras regiões, como na
Itália (Magna Grécia), além de outras regiões do Mar Mediterrâneo, Mar Egeu e
Mar Negro (ver
mapa da pág. 163) de onde comercializavam com as cidades-mães
(tecidos, vinho, azeite, ânfora, trigo, ferro, cobre, etc).
Ver quadro da pág. 163 (A origem da moeda)
Tema
2: A vida política na Grécia
Ler o quadro “O ostracismo” (pág. 164)
Ostracismo: exílio (expulsão) de
pessoas que ameaçavam a democracia ateniense, por um período de 10 anos.
A
Atenas aristocrática
Atenas é a cidade mais conhecida da Grécia
antiga, isto porque é sobre ela que temos mais informações, encontradas em
textos e vestígios arqueológicos.
A
implantação da democracia
Com a colonização, muitos gregos
enriqueceram graças ao comércio e passaram a exigir maior participação
política.
No séc. VI a.C. o aristocrata Sólon elaborou um código de leis que
proibia a escravidão por dívidas e garantia a participação de pessoas pobres na
ekklésia (assembleia popular). Além
disso, foi criada a boulé, conselho
de 500 pessoas escolhida pela ekklésia, que elaborava as leis para serem
votadas.
No séc. V a.C. (440 a.C.), o aristocrata Péricles tomou as seguintes medidas:
·
Instituição
de pagamento para aqueles que exercessem funções públicas.
·
Incentivo
às atividades econômicas e culturais.
·
Reconstrução
da acrópole, destruída pelos persas.
Por tais iniciativas e outras tantas, esse
período em que Atenas foi comandada por Péricles, ficou conhecido como “O século de Péricles”.
A
sociedade ateniense
Em Atenas a democracia era restritiva, ou
seja, limitada, já que somente os homens adultos, filhos de pais atenienses,
podiam votar nas assembleias e se candidatar ao cargo de magistrado.
Os estrangeiros
(chamados de metecos), mulheres e escravos não eram considerados
cidadãos, portanto, não participavam das
decisões políticas.
A
oligarquia espartana
Bem diferentes dos atenienses, os
espartanos eram governados por um conselho formado por anciãos das famílias
ricas. Esse conselho era chamado “gerúsia”.
Esse é um tipo de governo oligárquico,
ou seja, governo exercido por uma minoria.
O
domínio dos esparciatas
A sociedade espartana era composta pelos:
Esparciatas: descendentes dos
dórios possuíam direitos políticos e eram donos das melhores terras.
Periecos: eram homens
livres, dedicavam-se ao comércio, ao artesanato e eram donos de pequenas propriedades.
Hilotas: eram servos que
trabalhavam para o Estado e para os cidadãos espartanos, ficando com uma
pequena parte do que produziam.
Ver
“De olho no presente”, pág. 166
Responder as questões no caderno.
Tema
3: A conquista macedônica
O
domínio ateniense
Após a vitória contra os persas, os gregos
formaram a Liga de Delos, que era a
união das cidades gregas lideradas por Atenas, com o objetivo de expulsar os
persas do mar Egeu.
Cada cidade fornecia homens, navios ou
dinheiro para a liga, para que os atenienses construíssem uma grande frota de
navios.
O governante Péricles, no entanto, usou
parte do dinheiro para reconstruir Atenas, que havia sido destruída na guerra
contra os persas.
A
Guerra do Peloponeso
O poder dos atenienses acabou sendo questionado
pelos espartanos que lideraram várias cidades e declararam guerra aos
atenienses. Foi a chamada Guerra do
Peloponeso, em que Esparta saiu vitoriosa.
Trinta anos mais tarde foi a vez de Esparta
ser derrotada pelos tebanos.
A
vitória macedônica
Enfraquecidas pelas guerras internas, as
cidades gregas acabaram sendo dominadas pelos macedônios, povo que vivia ao
norte da Grécia. Assim, as cidades da Grécia se juntaram à Liga de Corinto, dominada pelos macedônios, cujo objetivo era
atacar o Império Persa.
O
império de Alexandre
Os gregos eram conhecidos como “helenos” e após a dominação macedônica,
a cultura grega foi difundida por esse povo, que dominou também a Síria, a
Palestina, o Egito, a Mesopotâmia, a Pérsia e parte da Índia.
Alexandre, o Grande, era rei dos macedônios
e foi o responsável pelo “helenismo”,
ou seja, a junção da cultura grega com as culturas do Oriente. Fundou, também,
uma importante cidade no Egito, chamada de Alexandria,
onde existiu a maior biblioteca da antiguidade.
Tarefa: pág. 170 e 171.
Tema
4: A vida cotidiana na Grécia antiga
A
cidade de ATENAS
A cidade de Atenas possuía dois importantes
locais onde os atenienses se reuniam:
·
A
ágora: praça, mercado e local das
assembleias.
·
A
acrópole: centro religioso
localizado na parte mais alta da cidade. Servia também como proteção em caso de
invasão.
As
atividades econômicas
Os atenienses se dedicavam ao artesanato
(cerâmica, armas, tecidos, etc.) e comércio, praticado principalmente pelos
metecos e escravos. Na zona rural, os atenienses cultivavam uva e azeite e
importavam o trigo de suas colônias.
A
educação ateniense
As meninas aprendiam os serviços da casa,
eram analfabetas e casavam-se cedo, por volta dos 15 anos, com um noivo
escolhido pelo pai.
Já os meninos de famílias ricas sabiam ler
e escrever, aprendiam poemas e tocavam pelo menos um instrumento musical. Eram
educados por um escravo, chamado de pedagogo. Tornavam-se cidadãos depois de
completarem 22 anos.
ESPARTA,
uma pólis guerreira
A educação espartana era muito rígida, por
isso o exército espartano era considerado o mais poderoso da Grécia.
A criança que nascesse com defeito era
lançada em um precipício. Se fosse saudável, ficaria sob os cuidados da mãe.
Após os sete anos, os meninos eram separados de sua família e iam viver em
quarteis, onde aprendiam as atividades militares, sendo submetidos à dor, à
fome e ao frio, como um recurso para se fortalecer.
Somente depois de passarem por um ritual de
passagem, ou seja, testes militares, os jovens eram considerados aptos para a
guerra.
Tema
5: Mito e religião na Grécia
A
mitologia grega
Mitologia é um conjunto de narrativas que
tratam de deuses e heróis. Para os gregos, os mitos procuravam explicar a
origem do mundo.
Os deuses gregos assemelhavam-se aos
humanos, pois tinham reações típicas dos seres humanos, ou seja, sentiam amor,
raiva, ciúme, inveja, etc. A diferença entre os deuses e os homens era a
imortalidade, pois os deuses não morriam.
Deuses
e heróis
Os gregos acreditavam que os deuses moravam
no Monte Olimpo, o mais alto da Grécia. O deus mais importante era Zeus, deus
do trovão. Ele era casado com Hera, deusa do casamento e protetora das
mulheres.
Os outros deuses eram Poseidon, irmão de
Zeus e senhor dos mares; Apolo, deus da música; Hefesto, deus do fogo; Atena,
deusa da sabedoria; Hermes, deus mensageiro; Héstia, deusa dos lares; Deméter,
deusa da fertilidade; Afrodite, deusa do amor; Ares; deus da guerra e Ártemis,
deusa caçadora.
Havia, ainda, semideuses, ou seja, filhos
de deuses com humanos. Embora fossem mortais, os semideuses tinham alguns
poderes sobre-humanos, por isso, eram considerados heróis.
Homens
e deuses
O culto aos deuses era celebrado do lado de
fora dos templos, onde se fazia oferendas a um deus. Costumavam sacrificar
animais e oferecer frutos em troca de proteção.
Acreditavam que podiam se comunicar com os
deuses através de sonhos e oráculos, ou seja, sacerdotes que usavam a
adivinhação para dar conselhos às pessoas.
Deuses
protetores das cidades
Em determinadas épocas do ano os gregos
realizavam festivais em homenagem aos deuses. Nessas ocasiões faziam procissões
pelas ruas da cidade, levando objetos e oferendas ao deus homenageado, além de
realizarem atividades esportivas com caráter religioso.
Tema
6: A arte grega
Os
deuses inspiram a arte
Através da arte, seja na literatura,
arquitetura, escultura ou pintura, os gregos utilizavam heróis e deuses para
expressar seus valores, procurando sempre o belo e harmonioso.
A
arquitetura
Cada cidade-Estado grega possuía o seu deus
protetor e em homenagem a ele, construíam templos revestidos com mármore
branco, com proporções exatas e harmoniosas. Ver gravura na pág. 176
11
A
pintura
Observar os vasos da pág. 177, em que utilizavam duas técnicas para retratar o
cotidiano: a figura negra e a figura vermelha.
O
teatro
O teatro foi uma invenção dos gregos, que o
utilizavam para homenagear o deus Dionísio.
Utilizavam a tragédia para levar o espectador a refletir sobre os problemas da
vida ou a comédia para ridicularizar
a própria sociedade.
Apenas o homem podia atuar e os atores
usavam máscaras para representar diferentes papéis, inclusive os femininos.
A
poesia
As epopeias narravam, em estilo poético, os
feitos grandiosos de heróis míticos misturados a acontecimentos reais.
Os poemas mais conhecidos são a Ilíada e a
Odisseia, atribuídos a Homero.
Tema
7: A filosofia grega
Para
além do pensamento mítico
A filosofia (amor à sabedoria) também
nasceu na Grécia. Na tentativa de conhecer a natureza e explicar o universo, os
gregos tentavam responder as questões de forma racional, diferente das explicações
dadas pelos mitos.
Sócrates e Platão foram dois dos mais
importantes filósofos gregos.
Ver quadro na pág. 179 “O desenvolvimento das ciências”
Tarefa: pág. 182