quarta-feira, 8 de outubro de 2014

7º A e B - 14ª postagem roteiro de estudo - Unidade 5: O encontro entre dois mundos - 08/10/14


UNIDADE 5: O ENCONTRO ENTRE DOIS MUNDOS

Tema 1: O nascimento das monarquias nacionais

Com a derrota das Cruzadas, a peste negra e a fuga dos servos, muitos senhores feudais foram à ruína. Por outro lado, surgia uma rica burguesia comercial, que tinha interesse em impulsionar o comércio.
Assim, tanto a nobreza quanto a burguesia apoiaram o fortalecimento do poder dos reis, visando obter favores da Coroa.
Com isso, os reis unificaram a moeda, as leis, os impostos e estabeleceram um sistema de pesos e medidas único, o que facilitou o comércio.
A nobreza de espada, ou seja, os nobres de sangue, passou a fazer parte da corte do rei e vivia na ociosidade. Já a nobreza togada, composta pelos burgueses que compravam títulos de nobreza, atuava no Parlamento, na Justiça e nos órgãos públicos.

A política mercantilista

Com o objetivo de obter metais preciosos (ouro e prata) e fortalecer o reino, os monarcas adotaram algumas práticas econômicas que receberam o nome de mercantilismo, entre elas:
·       Balança comercial favorável: visava importar menos produtos, evitando a saída do metal do país, já que a riqueza de um reino era medida pela quantidade de metal precioso que possuía (metalismo).
·       Estímulo às manufaturas locais: evitavam a importação de bens manufaturados e exportavam o que produziam.
·       Conquista de colônias: visando as riquezas que esses locais podiam fornecer, como África, Ásia e América.

A aliança entre o rei, a burguesia e parte da nobreza

Os interesses de cada grupo levaram ao fortalecimento da autoridade do rei, fazendo surgir os Estados Nacionais.

O Estado absolutista

O regime absolutista, isto é, a grande concentração do poder político nas mãos do rei, teve seu auge no séc. XVII.

Teóricos do absolutismo

Para que o poder do rei fosse aceito pelas pessoas, era necessário que houvesse uma base teórica para justificar o poder absoluto dos reis sobre o reino.
Alguns importantes pensadores da época se encarregaram de desenvolver teorias, ou melhor, justificativas, para o absolutismo. Foram eles:
·       Thomas Hobbes (1588/1679): defendia a ideia de que “o homem é o lobo do homem”, ou seja, a natureza humana é má e egoísta, por isso, considerava importante que o Estado deveria ter plenos poderes para defender a sociedade.
·       Jacques Bossuet (1627/1704): propôs a doutrina do direito divino dos reis, na qual a autoridade do rei expressava a vontade de Deus, portanto, era incontestável e ilimitada.

Ver gravuras das pág. 126 e 127

Tema 2: A expansão marítima portuguesa

O pioneirismo português

Os portugueses foram os primeiros a empreender longas viagens marítimas, sendo que os principais motivos desse pioneirismo foram:
1) A tradição nas atividades pesqueiras e agrícola;
2) O aperfeiçoamento das técnicas de navegação e
3) Uma burguesia mercantil numerosa.

O caminho marítimo para as Índias

Para os portugueses, a concorrência com os árabes e os italianos que disputavam a rota comercial com o oriente, fez com que procurassem uma nova rota comercial. Assim, invadiram a cidade de Ceuta, no norte da África e iniciaram a expansão marítima (1415).
Em 1453, os turcos otomanos conquistaram a cidade de Constantinopla, dificultando ainda mais o acesso ao oriente por aquela rota.
Assim, os portugueses intensificaram a procura por uma nova rota comercial para chegar às Índias Orientais.

 ema 3: A expansão marítima espanhola

A Espanha também resolveu iniciar suas conquistas ultramarinas.
Assim, os reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão financiaram a esquadra do navegador Cristóvão Colombo, que defendia a teoria da esfericidade da Terra, afirmando que ao navegar sempre para o oeste, chegaria às Índias orientais.
Sem saber que encontraria um continente desconhecido, ao chegar nas Antilhas (ilhas Guanaani, Cuba e Hispaniola), Colombo acreditou ter chegado às Índias, por isso, chamou os nativos de índios.
Cristóvão Colombo morreu sem saber que havia encontrado um novo continente. Anos mais tarde, um outro navegador chamado Américo Vespúcio, constatou a existência do novo continente, que passou a ser chamar “América” em sua homenagem.
A primeira volta ao mundo que comprovou que a Terra é esférica, foi realizada por Fernão de Magalhães, também patrocinado pela Espanha, em 1519.

Tarefa: pág. 134

Tema 4: América, terras de grandes civilizações

Diversidade cultural

Quando os europeus aqui chegaram à América, encontraram diversos povos habitando esse continente. Havia por volta de 50 milhões de pessoas, distribuídas em sociedades tribais e outras consideradas grandes civilizações, como a asteca e a inca e a maia, entre outras.
Embora houvesse uma diversidade cultural entre elas, existiam algumas características comuns, tais como: agricultura como principal atividade econômica (técnicas de irrigação do solo); artesanato; comércio; politeísmo; tradição guerreira e conhecimentos matemáticos e de astronomia.

Mesoamérica

A sociedade que começou a prática da agricultura vivia na região chamada mesoamérica (México, Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras e Costa Rica) e eram chamados de olmecas. Além deles, existiram também os teotihuacanos e zapotecas.

América do Sul

Outra grande civilização foi a dos chavíns, que viveram na América do Sul (Peru) entre os séc. X e III a.C.
Utilizavam os lhamas para o transporte de carga e praticavam a agricultura e a pecuária. Uma das práticas comuns entre esses povos era o cultivo do milho e da batata em terraços feitas nas encostas das montanhas, onde utilizavam um sofisticado sistema de irrigação. Ver mapa pág. 136 e fotos pág. 137.

Tema 5: A civilização maia

Três milênios de história

A história dos maias data de 1000 a.C. até o séc. XV, época da conquista espanhola.
Os maias viviam em cidades-Estado, ou seja, cada uma delas era governada por um chefe que exercia funções políticas e religiosas.
A principal atividade econômica era a agricultura (milho, principalmente) que era, inclusive, divinizado, pois acreditavam que os homens foram feitos desse cereal. Além do milho, cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, abóbora, mamão e abacate.
A sociedade maia era formada por uma elite guerreira, sacerdotes e camponeses, que não eram donos de terras e recebiam apenas uma parte do que produziam.

Matemática e astronomia

Os sacerdotes maias criaram um símbolo para representar o zero e detinham o conhecimento de cálculos matemáticos, além de conhecerem o movimento do Sol, da Lua e de alguns planetas.
Criaram calendários muito precisos e o utilizavam para indicar a época do plantio e da colheita.

A idade de ouro maia

O auge da civilização maia deu-se no século VIII, quando construíram grandes templos e palácios. Algumas cidades, como Chichén Itzá, Palenque, Copán e Tikal (localizadas no sul do México e proximidades) revelam a relação que havia entre arte, astronomia e religião na cultura maia. Ver fotos dessas cidades nas págs. 138 e 139.

Tema 6: A civilização asteca

A história dos astecas começou por volta de 1325, com a fundação da cidade de Tenochtitlán (México). Aos poucos os astecas foram dominando outras sociedades, obrigando-as a pagar tributos, formando um grande império.
Quando os espanhóis chegaram aqui na América, encontraram uma população asteca estimada entre 200 e 300 mil habitantes, sendo que o império todo teria por volta de 11 milhões de pessoas.

As atividades econômicas

Os astecas praticavam a agricultura (milho, feijão, pimenta, abóbora, cacau, algodão, tabaco, frutas e verduras), a domesticação de animais (perus, cachorros e patos), a caça, a pesca e a coleta.
Como a cidade de Tenochtitlán estava situada numa ilha do Lago Texcoco, os astecas desenvolveram a técnica da agricultura em pequenas ilhas artificiais, chamadas de chinampas.
O artesanato dos astecas era bastante refinado (cerâmica, pedra e metais).

A educação dos meninos e meninas

O Codex era um conjunto de desenhos e escritos feitos pelos astecas que deixaram muitas informações a respeito daquele povo. Um deles (Codex Mendoza) demonstra que a educação das crianças era bastante severa, com castigos que podiam ser de respirar fumaça de uma fogueira onde queimavam pimenta a arranhões com espinhos. (ver gravuras pág. 141)

Quanto aos meninos, depois dos quinze anos, podia entrar para o calmecac e se tornar sacerdote ou alto funcionário do Estado, ou ia estudar no telpochcalli, onde aprendiam a atuar no comércio ou praticar atividades militares.
As meninas eram educadas pelas mães para serem donas de casa, com quem aprendiam a fazer as tarefas domésticas e fiar.

A religião e a arte

Os astecas adoravam vários deuses, tais como: Tlaloc (deus da chuva e do trovão), Quetzalcoalt (do vento, da escrita, do calendário e das artes), Xipe Totec (dos ourives), Chicomecoatl (do milho e da fertilidade), entre outros.
Construíam grandes pirâmides onde realizavam cultos e sacrifícios humanos, geralmente de prisioneiros de guerra ou escravos.
Quanto à arte, os astecas produziam a cerâmica (vasos e utensílios com temas religiosos), o tecido tingido, trabalhos com plumas, joias em outro, prata e pedras semipreciosas, como jade e turquesa.
Ver gravuras pág. 142

O calendário asteca

Os astecas dividiam o ano em 18 meses, cada um com 20 dias. Os cinco dias restantes eram dedicados aos sacrifícios.

Tema 7: A civilização inca

Os incas

Durante três séculos (do séc. XVIII ao XVI) os incas formaram um grande império que ocupava o sul do atual Peru (Cuzco), o Equador, a Bolívia, o Chile e a Argentina, chegando a reunir 12 milhões de súditos.

Dominação política

Dominados pelos incas, os povos pagavam tributos na forma de trabalho. Viviam em ayllu, como eram chamados os agrupamentos indígenas e recebiam do governo uma porção de terra para plantar.
O Império Inca possuía uma grande extensão de estradas (23 mil km) pavimentadas com pedras que serviam de ligação entre todas as partes do império.
Quem construía as estradas eram os camponeses que prestavam esse serviço compulsório durante alguns dias do ano. Essa distribuição de tarefas era chamada de mita.

Atividades econômicas

Os incas construíam terraços nas encostas das montanhas para cultivar milho, feijão, batata, algodão, tomate, pimenta, abacaxi, entre outros. Utilizavam técnicas de irrigação e o guano para a adubação, que consistia em fezes de avos marinhas e de morcegos.
Além da agricultura, praticavam a domesticação de animais (lhamas e alpacas), dos quais obtinham carne, leite elã, além de servirem de transporte, e também tinham um artesanato desenvolvido (tecelagem, metalurgia, cerâmica).


A composição das elites incaicas

O Sapa Inca era a mais alta autoridade do Império e quando morria um deles, suas mulheres e servos eram sacrificados. Assim como no Egito, os incas costumavam mumificar os mortos.
Para suceder o Sapa Inca escolhiam um de seus filhos, que era preparado para comandar o império.
Um dos símbolos da nobreza inca era a orelha perfurada, onde exibiam uma grande argola.

Ver de olho no presente: As múmias de Llullaillaco (pág. 144)

A cidade de Machu Picchu

A cidade de Machu Picchu, construída no topo de uma montanha, foi abandonada por seus habitantes e acabou coberta pela vegetação até ser encontrada por arqueólogos em 1911.
Acreditam que tenha sido um local de cultos religiosos realizados pelas Virgens do Sol, pois a maioria dos restos mortais ali encontrados era de mulheres e crianças.

Astronomia inca

Embora não tivessem desenvolvido uma escrita, os incas tinham um calendário solar de 365 dias, divididos em 12 meses lunares, que os ajudava a estabelecer o início e fim de cada estação, marcando o calendário agrícola e religioso.

Os quipus

Como os incas não tinham escrita, eles criaram um sistema de registro das informações, chamado quipu, que consistia num conjunto de cordões coloridos nos quais se faziam vários nós, registrando, assim, as diferentes informações, principalmente com relação a números e quantidades (alimentos, habitantes, valor de tributos, etc.). Ver pág. 145


Tarefa pág. 148

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