UNIDADE
5: O ENCONTRO ENTRE DOIS MUNDOS
Tema 1:
O nascimento das monarquias nacionais
Com a derrota das
Cruzadas, a peste negra e a fuga dos servos, muitos senhores feudais foram à
ruína. Por outro lado, surgia uma rica burguesia comercial, que tinha interesse
em impulsionar o comércio.
Assim, tanto a nobreza
quanto a burguesia apoiaram o fortalecimento do poder dos reis, visando obter
favores da Coroa.
Com isso, os reis
unificaram a moeda, as leis, os impostos e estabeleceram um sistema de pesos e
medidas único, o que facilitou o comércio.
A nobreza de espada,
ou seja, os nobres de sangue, passou a fazer parte da corte do rei e vivia na
ociosidade. Já a nobreza togada, composta pelos burgueses que compravam títulos
de nobreza, atuava no Parlamento, na Justiça e nos órgãos públicos.
A política mercantilista
Com o objetivo de
obter metais preciosos (ouro e prata) e fortalecer o reino, os monarcas
adotaram algumas práticas econômicas que receberam o nome de mercantilismo,
entre elas:
·
Balança comercial favorável: visava importar menos produtos, evitando a saída
do metal do país, já que a riqueza de um reino era medida pela quantidade de
metal precioso que possuía (metalismo).
·
Estímulo às manufaturas locais: evitavam a importação de bens manufaturados e exportavam
o que produziam.
·
Conquista de colônias: visando as riquezas que esses locais podiam
fornecer, como África, Ásia e América.
A aliança entre o rei, a burguesia e parte da nobreza
Os interesses de cada
grupo levaram ao fortalecimento da autoridade do rei, fazendo surgir os Estados
Nacionais.
O Estado absolutista
O regime absolutista,
isto é, a grande concentração do poder político nas mãos do rei, teve seu auge
no séc. XVII.
Teóricos do absolutismo
Para que o poder do
rei fosse aceito pelas pessoas, era necessário que houvesse uma base teórica
para justificar o poder absoluto dos reis sobre o reino.
Alguns importantes
pensadores da época se encarregaram de desenvolver teorias, ou melhor,
justificativas, para o absolutismo. Foram eles:
·
Thomas Hobbes (1588/1679): defendia a ideia de que “o homem é o
lobo do homem”, ou seja, a natureza humana é má e egoísta, por isso,
considerava importante que o Estado deveria ter plenos poderes para defender a
sociedade.
·
Jacques Bossuet (1627/1704): propôs a doutrina do direito divino
dos reis, na qual a autoridade do rei expressava a vontade de Deus, portanto,
era incontestável e ilimitada.
Ver gravuras das pág. 126 e 127
Tema 2: A expansão marítima portuguesa
O pioneirismo português
Os portugueses foram
os primeiros a empreender longas viagens marítimas, sendo que os principais
motivos desse pioneirismo foram:
1) A tradição nas
atividades pesqueiras e agrícola;
2) O aperfeiçoamento
das técnicas de navegação e
3) Uma burguesia
mercantil numerosa.
O caminho marítimo para as Índias
Para os portugueses, a
concorrência com os árabes e os italianos que disputavam a rota comercial com o
oriente, fez com que procurassem uma nova rota comercial. Assim, invadiram a
cidade de Ceuta, no norte da África e iniciaram a expansão marítima (1415).
Em 1453, os turcos
otomanos conquistaram a cidade de Constantinopla, dificultando ainda mais o
acesso ao oriente por aquela rota.
Assim, os portugueses
intensificaram a procura por uma nova rota comercial para chegar às Índias Orientais.
ema 3: A expansão marítima espanhola
A Espanha também
resolveu iniciar suas conquistas ultramarinas.
Assim, os reis
católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão financiaram a esquadra do
navegador Cristóvão Colombo, que defendia a teoria da esfericidade da Terra,
afirmando que ao navegar sempre para o oeste, chegaria às Índias orientais.
Sem saber que
encontraria um continente desconhecido, ao chegar nas Antilhas (ilhas Guanaani,
Cuba e Hispaniola), Colombo acreditou ter chegado às Índias, por isso, chamou
os nativos de índios.
Cristóvão Colombo
morreu sem saber que havia encontrado um novo continente. Anos mais tarde, um
outro navegador chamado Américo Vespúcio, constatou a existência do novo
continente, que passou a ser chamar “América” em sua homenagem.
A primeira volta ao
mundo que comprovou que a Terra é esférica, foi realizada por Fernão de
Magalhães, também patrocinado pela Espanha, em 1519.
Tarefa: pág. 134
Tema 4: América, terras de grandes civilizações
Diversidade cultural
Quando os europeus
aqui chegaram à América, encontraram diversos povos habitando esse continente.
Havia por volta de 50 milhões de pessoas, distribuídas em sociedades tribais e
outras consideradas grandes civilizações, como a asteca e a inca e a maia, entre
outras.
Embora houvesse uma
diversidade cultural entre elas, existiam algumas características comuns, tais
como: agricultura como principal atividade econômica (técnicas de irrigação do
solo); artesanato; comércio; politeísmo; tradição guerreira e conhecimentos
matemáticos e de astronomia.
Mesoamérica
A sociedade que
começou a prática da agricultura vivia na região chamada mesoamérica (México,
Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras e Costa Rica) e eram chamados de
olmecas. Além deles, existiram também os teotihuacanos e zapotecas.
América do Sul
Outra grande
civilização foi a dos chavíns, que viveram na América do Sul (Peru) entre os
séc. X e III a.C.
Utilizavam os lhamas
para o transporte de carga e praticavam a agricultura e a pecuária. Uma das práticas
comuns entre esses povos era o cultivo do milho e da batata em terraços feitas
nas encostas das montanhas, onde utilizavam um sofisticado sistema de
irrigação. Ver mapa pág. 136 e fotos pág. 137.
Tema 5: A civilização maia
Três milênios de história
A história dos maias
data de 1000 a.C. até o séc. XV, época da conquista espanhola.
Os maias viviam em
cidades-Estado, ou seja, cada uma delas era governada por um chefe que exercia
funções políticas e religiosas.
A principal atividade
econômica era a agricultura (milho, principalmente) que era, inclusive,
divinizado, pois acreditavam que os homens foram feitos desse cereal. Além do
milho, cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, abóbora, mamão e abacate.
A sociedade maia era
formada por uma elite guerreira, sacerdotes e camponeses, que não eram donos de
terras e recebiam apenas uma parte do que produziam.
Matemática e astronomia
Os sacerdotes maias
criaram um símbolo para representar o zero e detinham o conhecimento de
cálculos matemáticos, além de conhecerem o movimento do Sol, da Lua e de alguns
planetas.
Criaram calendários
muito precisos e o utilizavam para indicar a época do plantio e da colheita.
A idade de ouro maia
O auge da civilização
maia deu-se no século VIII, quando construíram grandes templos e palácios.
Algumas cidades, como Chichén Itzá, Palenque, Copán e Tikal (localizadas no sul
do México e proximidades) revelam a relação que havia entre arte, astronomia e
religião na cultura maia. Ver fotos dessas cidades nas págs. 138 e 139.
Tema 6: A civilização asteca
A história dos astecas
começou por volta de 1325, com a fundação da cidade de Tenochtitlán (México).
Aos poucos os astecas foram dominando outras sociedades, obrigando-as a pagar
tributos, formando um grande império.
Quando os espanhóis
chegaram aqui na América, encontraram uma população asteca estimada entre 200 e
300 mil habitantes, sendo que o império todo teria por volta de 11 milhões de
pessoas.
As atividades econômicas
Os astecas praticavam
a agricultura (milho, feijão, pimenta, abóbora, cacau, algodão, tabaco, frutas
e verduras), a domesticação de animais (perus, cachorros e patos), a caça, a
pesca e a coleta.
Como a cidade de
Tenochtitlán estava situada numa ilha do Lago Texcoco, os astecas desenvolveram
a técnica da agricultura em pequenas ilhas artificiais, chamadas de chinampas.
O artesanato dos
astecas era bastante refinado (cerâmica, pedra e metais).
A educação dos meninos e meninas
O Codex era um conjunto de desenhos e
escritos feitos pelos astecas que deixaram muitas informações a respeito
daquele povo. Um deles (Codex Mendoza) demonstra que a educação das crianças
era bastante severa, com castigos que podiam ser de respirar fumaça de uma
fogueira onde queimavam pimenta a arranhões com espinhos. (ver gravuras pág.
141)
Quanto aos meninos,
depois dos quinze anos, podia entrar para o calmecac e se tornar sacerdote ou
alto funcionário do Estado, ou ia estudar no telpochcalli, onde aprendiam a
atuar no comércio ou praticar atividades militares.
As meninas eram educadas
pelas mães para serem donas de casa, com quem aprendiam a fazer as tarefas
domésticas e fiar.
A religião e a arte
Os astecas adoravam
vários deuses, tais como: Tlaloc (deus da chuva e do trovão), Quetzalcoalt (do
vento, da escrita, do calendário e das artes), Xipe Totec (dos ourives),
Chicomecoatl (do milho e da fertilidade), entre outros.
Construíam grandes
pirâmides onde realizavam cultos e sacrifícios humanos, geralmente de
prisioneiros de guerra ou escravos.
Quanto à arte, os
astecas produziam a cerâmica (vasos e utensílios com temas religiosos), o
tecido tingido, trabalhos com plumas, joias em outro, prata e pedras
semipreciosas, como jade e turquesa.
Ver gravuras pág. 142
O calendário asteca
Os astecas dividiam o
ano em 18 meses, cada um com 20 dias. Os cinco dias restantes eram dedicados
aos sacrifícios.
Tema 7: A civilização inca
Os incas
Durante três séculos
(do séc. XVIII ao XVI) os incas formaram um grande império que ocupava o sul do
atual Peru (Cuzco), o Equador, a Bolívia, o Chile e a Argentina, chegando a
reunir 12 milhões de súditos.
Dominação política
Dominados pelos incas,
os povos pagavam tributos na forma de trabalho. Viviam em ayllu, como eram
chamados os agrupamentos indígenas e recebiam do governo uma porção de terra
para plantar.
O Império Inca possuía
uma grande extensão de estradas (23 mil km) pavimentadas com pedras que serviam
de ligação entre todas as partes do império.
Quem construía as
estradas eram os camponeses que prestavam esse serviço compulsório durante
alguns dias do ano. Essa distribuição de tarefas era chamada de mita.
Atividades econômicas
Os incas construíam
terraços nas encostas das montanhas para cultivar milho, feijão, batata,
algodão, tomate, pimenta, abacaxi, entre outros. Utilizavam técnicas de irrigação
e o guano para a adubação, que consistia em fezes de avos marinhas e de
morcegos.
Além da agricultura,
praticavam a domesticação de animais (lhamas e alpacas), dos quais obtinham
carne, leite elã, além de servirem de transporte, e também tinham um artesanato
desenvolvido (tecelagem, metalurgia, cerâmica).
A composição das elites incaicas
O Sapa Inca era a mais
alta autoridade do Império e quando morria um deles, suas mulheres e servos
eram sacrificados. Assim como no Egito, os incas costumavam mumificar os
mortos.
Para suceder o Sapa
Inca escolhiam um de seus filhos, que era preparado para comandar o império.
Um dos símbolos da
nobreza inca era a orelha perfurada, onde exibiam uma grande argola.
Ver de olho no presente: As múmias de Llullaillaco (pág.
144)
A cidade de Machu Picchu
A cidade de Machu
Picchu, construída no topo de uma montanha, foi abandonada por seus habitantes
e acabou coberta pela vegetação até ser encontrada por arqueólogos em 1911.
Acreditam que tenha
sido um local de cultos religiosos realizados pelas Virgens do Sol, pois a
maioria dos restos mortais ali encontrados era de mulheres e crianças.
Astronomia inca
Embora não tivessem
desenvolvido uma escrita, os incas tinham um calendário solar de 365 dias,
divididos em 12 meses lunares, que os ajudava a estabelecer o início e fim de
cada estação, marcando o calendário agrícola e religioso.
Os quipus
Como os incas não
tinham escrita, eles criaram um sistema de registro das informações, chamado
quipu, que consistia num conjunto de cordões coloridos nos quais se faziam
vários nós, registrando, assim, as diferentes informações, principalmente com
relação a números e quantidades (alimentos, habitantes, valor de tributos,
etc.). Ver pág. 145
Tarefa pág. 148
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