terça-feira, 17 de junho de 2014

8º A e B - 14ª postagem Roteiro de Estudo - 16/06/2014

UNIDADE 4: REVOLUÇÕES NA AMÉRICA E NA EUROPA (pág. 90)
Ler introdução: A luta dos direitos humanos

Tema 1 – A era da Ilustração

A Europa do Antigo Regime

Por volta do séc. XVIII os grupos dominantes na Europa eram o clero e a nobreza que usufruíam de diversos privilégios, entre eles a isenção de muitos impostos e o direito de ocupar cargos públicos. O restante da população, formado por camponeses, trabalhadores urbanos, burgueses e desocupados, arcavam com o peso de todos os impostos.
Nessa época a sociedade era estamental, ou seja, a origem ou o nascimento de cada indivíduo é que determinava sua posição na sociedade. Assim, mesmo quem conseguisse enriquecer, não conseguiria os mesmos privilégios que os nobres. Ver gravura da pág. 92

A reação iluminista

Surgiu nessa época um movimento em reação ao Antigo Regime (reis absolutistas e privilégios do clero e da nobreza) chamado de Iluminismo ou Ilustração. Os intelectuais que participaram desse movimento criticavam duramente a influência da Igreja, os privilégios da nobreza, a servidão no campo e a censura, que colocavam a Europa num período de trevas. Para eles, a razão seria uma maneira de colocar a sociedade no caminho da luz, acabando com a ignorância.

Não tenha medo de usar o intelecto!

Os iluministas defendiam a educação do povo e a liberdade religiosa, pois, segundo eles, ao usar o pensamento racional, as pessoas se distanciariam do misticismo e das superstições que os mantinham na ignorância.

Os mais importantes pensadores iluministas foram:
Diderot e D’Alembert: escreveram uma obra chamada Enciclopédia, que reunia todo o saber da época.
Voltaire: escreveu Cartas Inglesas, com críticas ao absolutismo, defendiam a liberdade religiosa e a defesa da liberdade de expressão.
Montesquieu: escreveu O Espírito das Leis, sugerindo a criação dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário, diminuindo o poder dos reis).
Rousseau: escreveu o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, também criticando o poder absolutista e defendendo a ideia de que os governantes deveriam se submeter à vontade do povo.
Adam Smith e David Ricardo: escreveram obras criticando o mercantilismo e defendendo o liberalismo econômico.

O mercantilismo

Mercantilismo era a prática econômica onde os governos absolutistas intervinham na economia, buscando o enriquecimento do reino. Algumas dessas práticas mercantilistas eram: a balança comercial favorável (exportar mais e importar menos), acumulação de metais preciosos e criação de monopólios (exclusividade de compra ou venda).

O liberalismo econômico

Ao contrário do mercantilismo, a proposta do liberalismo defendido por Adam Smith tinha por lema o “laissez faire, laissez passer”, ou seja, deixai fazer, deixai passar, numa referência à ideia de que o mercado deveria ser orientado pela lei da oferta e da procura, sem interferência do Estado. Além disso, defendia também que o trabalho deveria ser a verdadeira fonte geradora de riqueza, contrapondo-se à visão de que a riqueza de uma nação deveria ser medida pelo acúmulo de metais preciosos.

O despotismo esclarecido

Alguns monarcas se aproximaram desse pensamento iluminista e tentaram modernizar seus Estados, mesmo sem abrir mão de seu poder absolutista. Foram chamados, por isso, de déspotas esclarecidos, o que significa “aquele que governa de forma absoluta e arbitrária, mas tenta promover reformas e tornar a administração do reino mais eficiente, preservando a ordem social.”

Luzes na educação

No Antigo Regime, o ensino estava sob o controle da Igreja. Os iluministas, porém, discordavam dessa influência e propunha uma educação laica, ou seja, independente da religião, dirigida pelo Estado, ou seja, deveria ser gratuita e oferecida a toda à população, além de ser orientada para o estudo das ciências, preparando os alunos para o trabalho. Ver gravuras das pág. 94 e 95.

Tema 2 – A independência dos Estados Unidos

O primeiro movimento político inspirado pelos ideais iluministas foi a independência dos Estados Unidos. Vejamos:
As treze colônias da América do Norte pertencentes à Inglaterra, durante mais de cem anos, não tiveram um controle rigoroso por parte de sua metrópole, tal como aconteceu com as colônias de Portugal e Espanha. No entanto, a partir do séc. XVII algumas decisões inglesas não foram bem recebidas pelos colonos americanos, iniciando com as Leis de Comércio e Navegação, que interferia no comércio marítimo das colônias. Essas leis foram recusadas pelos colonos.
Já no séc. XVIII aconteceu a Guerra dos Sete Anos, entre França e Inglaterra. Embora esta última tenha vencido a guerra, os ingleses obviamente tiveram suas finanças arruinadas pelos gastos militares, fazendo com que buscassem arrecadar tributos de suas colônias para compensar essa crise econômica.
As medidas aprovadas pelo Parlamento britânico para atingir esse objetivo, foram:
1. Lei da Receita, também conhecida por Lei do Açúcar (1764): tarifas alfandegárias sobre diversos produtos importados, tais como melaço, vinho, café, seda e linho.
2. Lei do Selo (1765): tributo sobre os documentos legais, textos impressos (jornais, panfletos, etc.), que deveriam exibir um selo real, mediante o pagamento de uma taxa.
3. Lei do Chá (1773): criou o monopólio do comércio de chá, autorizando apenas a Companhia das Índias Orientais distribuir o produto nas colônias.
Reação dos colonos: disfarçados de índios lançaram ao mar o carregamento de chá de três navios ingleses. Esse fato ficou conhecido como Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston).
O governo inglês logo reagiu e decretou algumas leis que os colonos chamaram de Leis Intoleráveis. Foram elas: fechamento do porto de Boston enquanto os colonos não pagassem o prejuízo; ocupação da colônia de Massachusetts por tropas inglesas; controle militar das terras a oeste das treze colônias.
Indignados, os colonos reuniram-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia (1774), que determinou o boicote aos produtos ingleses.

A Declaração de Independência

Em março de 1775, começou a guerra de independência e em maio desse mesmo ano, os colonos se reuniram no Segundo Congresso e decidiram romper com a metrópole (Inglaterra) redigindo a Declaração de Independência, aprovada em 04/07/1776.
Inspirado nos ideais iluministas, esse documento previa:
. Igualdade entre os homens.
. Direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
. Mudança de governo toda vez esses objetivos não forem alcançados.
. Independência das colônias como Estados livres.
Assim, na Batalha de Yorktown, ajudados pelos franceses, espanhóis e holandeses, os norte-americanos derrotaram as tropas inglesas.
Dois anos depois, a Inglaterra reconheceu a independência de suas antigas colônias e assinou um documento, chamado de Tratado de Versalhes. Esse nome deve-se ao fato que o documento foi assinado em Versalhes, na França.

O significado da independência

Os Estados Unidos foram o primeiro país a se tornar independente na América, implantando uma nova organização política, a república moderna, na qual as decisões dos cidadãos eram soberanas para conduzir a nação.
Mas atenção, nem todo norte-americano era considerado cidadão, já que a escravidão africana foi mantida, os indígenas continuaram sendo expulsos de suas terras e as mulheres não tinham direito ao voto. Assim, essa parcela da população não tinha direito à participação política.

Atividade: De olho no presente (pág. 98)
Atividade: Um problema (pág. 99)
Tarefa: pág. 100

Tema 3: A França antes da Revolução

No final do séc. XVIII (1780) a população francesa, na época de +ou- 25 milhões de habitantes, dividia-se em três ordens ou estados: o primeiro estado (clero), o segundo estado (nobreza) e o terceiro estado (burguesia e camadas populares).
Nessa época, a França vivia uma grave crise econômica, consequência da alta de preços dos cereais (após safras agrícolas ruins), da fome e da queda de arrecadação de impostos.
Pretendendo contornar a crise, o governo tentou fazer uma reforma fiscal, acabando com os privilégios do primeiro e do segundo estados.
O rei Luís XVI convocou, então, uma assembleia com representantes dos três estados, chamada Estados Gerais, porém, como o voto era por estado e não individualmente, os interesses do clero e da nobreza sempre prevaleciam, numa tentativa de fazer o terceiro estado arcar com mais impostos. (ver pirâmide social pág. 103)

Tema 4: O início da revolução

A desvantagem dos votos fez com que a burguesia liderasse o terceiro estado, fazendo com que seus representantes se retirassem da reunião dos três estados e proclamassem a assembleia nacional permanente que depois se transformou em Assembleia Nacional Constituinte.

Por outro lado, a fome e a cobrança de impostos que a população de Paris enfrentava, fez com que houvesse rebeliões, saques e a invasão da Bastilha (prisão militar), dando início à Revolução Francesa.

Monarquia Constitucional
Em 1789 a Assembleia Constituinte aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (igualdade de todos perante a lei, direito à liberdade de expressão e à propriedade privada) e em 1891, aprovou uma constituição para a França, na qual o poder ficava dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário.

Nasce a República Francesa
Em abril de 1792, a Áustria e a Prússia unem-se ao rei francês Luís XVI e declaram guerra à França, tentando restaurar o antigo regime (monarquia absolutista). Em agosto do mesmo ano, o rei foi preso pelos suns culotes (grupo radical que defendia a república). Forma-se uma nova assembleia, chamada Convenção Nacional e, finalmente, após os invasores serem derrotados, a República é proclamada.

Divisão política na França revolucionária

Jacobinos: era o grupo de “esquerda”, mais radical, composto pela pequena burguesia e classe média de Paris. Defendiam uma sociedade igualitária e tinham por principal líder, Robespierre.
Girondinos: era o grupo de republicanos moderados e representavam a grande burguesia comercial.
Planície ou Pântano: era o grupo do “centro”, mais moderados, representavam um grande número de pessoas. Tinham posições políticas vacilantes.
Cordeliers: nome que significa “franciscanos”, era um grupo ligado aos sans-culottes (ver referência na pág. 106), defendiam a reforma agrária. Eram liderados por Danton e Marat.
Monarquistas constitucionais: grupo de “direita”, mais moderado, defendia a monarquia e não queria grandes reformas.

Tema 5: Do Terror à reação termidoriana (pág. 108)

A Convenção Nacional

Jacobinos e girondinos discordam politicamente durante o período republicano em que a França foi governada pela Convenção Nacional (1792 e 1795).
Acusado de traição, o rei Luís XVI é executado na guilhotina, provocando reação de países que defendiam a monarquia absolutista.
  
Os jacobinos no poder

Por divergências entre os dois grupos, após os jacobinos terem expulsado os girondinos da Convenção e aprisionado seus líderes, foi criado o Comitê da Salvação Pública, responsável pela segurança interna da França.

O Terror

O líder jacobino Robespierre prende e executa os contrarrevolucionários, instaurando o período do Terror (300 mil presos e 17 mil executados).
Os jacobinos confiscaram terras da nobreza e as distribuíram para camponeses pobres e aboliram a escravidão nas colônias francesas.
Em 1794, o próprio líder dos jacobinos Robespierre é executado, acusado de tirania e os girondinos assumem o poder.

A reação termidoriana

Assustados com a radicalidade dos jacobinos, os girondinos os expulsam da Convenção no golpe de 9 de Termidor (data do novo calendário da revolução), prendem e executam seus líderes, inclusive Robespierre.

Do Diretório ao 18 Brumário

Em 1795, a França passa a ser governada por cinco diretores (Diretório), atendendo aos interesses da burguesia (voto censitário e liberdade econômica) e apoiam o general Napoleão Bonaparte que assume o governo, passando o Diretório a ser um Consulado.

Palavras da revolução
Leitura do texto “Palavras da Revolução”, pág. 111

Símbolos da revolução

Os símbolos utilizados pelos franceses para representar a Revolução Francesa foram: a tomada da Bastilha, o barrete frígio (gorro vermelho), a bandeira tricolor e a Marselhesa (hino nacional). Além disso, foram criados também unidades de medida que hoje são adotadas em muitos países (metro e quilograma).
Tarefa: pág. 112
Em foco: pág. 114 à 117









terça-feira, 10 de junho de 2014

8º A e B - 13ª postagem Roteiro de Estudo - 10/06/2014

O tempo da natureza e o tempo do relógio

Antes da industrialização predominava o tempo da natureza, ou seja, as tarefas diárias eram executadas de acordo com os ciclos da natureza: hora do amanhecer e do anoitecer, hora de ordenhar as vacas, etc. Já durante a Revolução Industrial o tempo do relógio passou a ser difundido. Havia horário para tudo, desde iniciar o trabalho na fábrica até o horário de saída.
O homem passou a ser escravo do relógio.

Ruas e moradias

Os operários moravam em casas próximas às fábricas, em casas alugadas. As moradias eram pequenas, geminadas (ligadas umas nas outras), geralmente assobradas (dois andares).
Como não havia rede de esgoto, os banheiros eram fossas e ficavam fora da casa.
As ruas eram estreitas, sujas, mal cheirosas. Nelas ficavam mendigos, prostitutas e desempregados.
A água era retirada de bicas espalhadas pela cidade.
As pessoas alimentavam-se de batata, arenque (peixe), chouriço, pés e orelhas de porco e pão.
Essa situação provocava diversas doenças, como cólera e tuberculoses. Ver gravuras da pág. 77

Tema 5 – As lutas operárias e os sindicatos

A organização da classe operária

A classe operária inglesa, mediante tanta exploração, reagiu com greves e formação de sindicatos, ameaçando os capitalistas.

Destruindo as máquinas

Mesmo diante de tanta exploração, os operários que trabalhavam até 16 horas por dia, sem quaisquer direitos trabalhistas, sabiam que esse era o único meio de sobrevivência que tinham. Assim, quando houve a mecanização do trabalho, muitos ficaram desempregados e acabaram culpando as máquinas por essa situação e assim acabaram por reagir destruindo as máquinas, entre 1811 e 1816.
Esse movimento de quebra-máquinas aconteceu em várias regiões da Inglaterra, e foi chamado ludismo, porque, presumivelmente, o operário que o liderou chamava-se Ned Ludd.
Violentamente reprimido pelas autoridades, o movimento acabou com muitos envolvidos condenados à morte.

A formação dos sindicatos ingleses

Após a Revolução Industrial, os operários criaram associações chamadas trade unions ou sindicatos, que tinha por objetivo organizar as lutas dos operários por melhores condições de trabalho e maiores salários.

A difícil luta pela liberdade sindical

Inicialmente essas associações foram proibidas mas, aos poucos, o funcionamento dos sindicatos tornou-se legal (1871), conquistando novos direitos sociais para os operários.

O movimento cartista

Em 1837 uma associação de trabalhadores enviou ao Parlamento Inglês um documento contendo um abaixo assinado com mais de um milhão de assinaturas (Carta do Povo), onde reivindicavam o voto secreto, o sufrágio universal masculino e parlamentos renovados anualmente.
O Parlamento recusou-se em aprovar a carta e houve enfrentamentos, resultando na morte de 10 pessoas e muitos feridos.
Uma segunda carta (1840) com mais de 3 milhões de assinaturas foi novamente entregue ao Parlamento e aos poucos suas reivindicações foram sendo atendidas, tais como aumento de salário e redução de jornada de trabalho. Ver quadro com legislação trabalhista britânica na pág. 81.

Tarefa: pág. 82

Leitura do Em foco, pág. 84 à 87.


6º A e B - 10ª postagem Roteiro de Estudo - 10/06/2014

UNIDADE 3: MESOPOTÂMIA, EGITO E O REINO DA NÚBIA

Ver infográfico pág. 74 e 75

Tema 1: Mesopotâmia, o berço da civilização
“Meso”, em grego, significa “entre” e “potamos” quer dizer “rio”, daí a palavra Mesopotâmia, que significa “terra entre rios”, no caso, os rios Tigre e Eufrates.
Hoje, no local onde se localizava a Mesopotâmia, ficam os países Iraque e Kuwait. Ver mapa da pág. 76.
Foi nessa região, onde foram construídos canais para levar a água às terras mais distantes, que as aldeias conseguiram produzir maior quantidade de alimentos do que precisavam para o consumo. A essa “sobra” de alimentos, chamamos excedente.
A população cresceu e formaram-se as primeiras cidades.
Os mesopotâmicos desenvolveram estudos de astronomia e matemática e podem ter sido os primeiros povos a criar um sistema de escrita, chamado cuneiforme, por volta de 4000 a.C., que evoluiu para a escrita pictográfica (desenhos figurativos) e a ideográfica, que representavam ações e sentimentos.
A sociedade era formada por:
Homens livres: artesãos, criadores de gado, escribas, camponeses, escravos e aristocratas, que pertenciam, esses últimos, à classe mais rica. Formavam o grupo dos aristocratas o rei e sua família, os altos funcionários, os sacerdotes, os grandes comerciantes e os generais.
Escravos: prisioneiros de guerra ou pessoas que se vendiam para pagar dívidas.
Os mesopotâmicos eram politeístas e, para eles, seus deuses eram como os seres humanos, porém, poderosos e imortais. Alguns deuses: An (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enki (deus da água) e Ninhursag (deusa da mãe-terra).
Construíam templos em cima de torres com escadarias, chamadas “zigurates”, que significa “prédio alto”, onde os sacerdotes realizavam os rituais, que consistiam em: sacrifícios de animais, oferendas de estátuas aos deuses e mágicas. Ver pág. 77.
Para ajudá-los na agricultura, os mesopotâmicos elaboraram um calendário lunar de 12 meses, graças aos conhecimentos matemáticos desenvolvidos.

Tema 2: Mesopotâmia, terra de grandes impérios

Foram vários os povos que viveram na Mesopotâmia: assírios, sumérios, caldeus, acadianos e babilônios. Ver mapa na pág. 79
As primeiras cidades da história foram fundadas pelos sumérios: Ur, Uruk, Eridu e Nipur. Essas cidades eram independentes umas das outras, por isso, dizemos que eram “cidades-Estado”.
Aos poucos, algumas cidades foram dominadas por outra, sendo obrigadas a pagar tributos e fornecer soldados. Quando se dá essa dominação, chamamos ao território de império. O primeiro império formado foi o Império Acádio (da região de Acad), por volta de 3000 a.C.
Outro importante império foi o Primeiro Império Babilônico (+ou – 1900 a.C.), cujo sede ficava na cidade de Babilônia. Durante o governo de Hamurábi, muitos territórios foram conquistados, a agricultura foi desenvolvida e também foi elaborado um conjunto de leis, chamado de Código de Hamurábi, baseado na lei de Talião (jurista da época), que seguia o princípio de “dente por dente, olho por olho”. Ver pág. 83 (Ontem e hoje).
Esse Império Babilônico foi derrotado pelos hititas, após a morte de Hamurábi.
Outro império importante foi o formado pelos assírios que tinham um exército numeroso, composto por soldados violentos, que matavam os inimigos, destruíam e saqueavam as cidades. No final do séc. VII a.C. foram dominados pelos babilônios.
Também conhecido como Império Caldeu, por ter sido fundado pelos caldeus, o Novo Império Babilônico teve como um dos principais reis Nabucodonosor, que destruiu Jerusalém e manteve seus habitantes como prisioneiros na Babilônia.
Durante o reinado de Nabucodonosor, a cidade da Babilônia foi reconstruída, assim como houve a recuperação da Torre de Babel, que foi um grande zigurate de 100 m de altura, construído na época de Hamurábi.
Após a morte de Nabucodonosor, o império enfraqueceu e foi conquistado pelos persas, em 539 a.C. (ver gravuras das pág. 80 e 81).

Tarefa: páginas 82 e 83

Tema 3: O Egito e o Rio Nilo

O Egito é um oásis
Graças ao Rio Nilo e ao trabalho humano, formou-se uma extensa faixa de terra habitável em pleno deserto do Saara, no norte da África. Por isso, costumou-se afirmar que “o Egito é uma dádiva do Nilo”. Ver foto da pág. 84.
O trabalho às margens do Rio Nilo
Após as cheias do rio Nilo, ficava depositado em suas margens um material orgânico em decomposição chamado humo, que deixava a terra úmida e fértil, pronta para o plantio de trigo, cevada, linho e verduras. Os egípcios também criavam gado e praticavam a pesca e a caça.
Além dessas atividades, vários outros profissionais trabalhavam como padeiros, ceramistas, jardineiros, fundidores, escultores, desenhistas, ferreiros, guardas e funcionários públicos que trabalhavam para o faraó e para os sacerdotes.
A história de um longo império
No início da civilização, o Egito era dividido em dois reinos: o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte).
Com a unificação dos dois reinos, surgiu o primeiro faraó do Egito, chamado Menés, há + ou – 5000 anos.
A história política do Egito divide-se em três fases, a saber:
1ª) Antigo Império (2686/2181 a.C): construção das grandes pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos).
2ª) Médio Império (2040/1782 a.C.): expansão do Egito, com a conquista de terras na Núbia.
3ª) Novo Império (1570 a 1069 a.C.): extensão do império para a Palestina e Síria.

Ver quadro “De olho no presente”, pág. 85

Tema 4: A sociedade no Egito antigo

O faraó era considerado um deus
A palavra faraó significa “casa grande”, ou seja, o faraó era representante de uma grande família, a egípcia, com concentração máxima de poder.
Considerado filho do deus Sol (Ra), o faraó era adorado e respeitado pelo povo. Quando morria, assumia o trono o filho mais velho ou um parente mais próximo.
Possuía várias esposas, mas apenas uma era considerada a rainha. Comandava o exército e a administração do reino, ajudado por funcionários, como o vizir (1º ministro), os sacerdotes e os escribas, encarregados da contabilidade do reino, por saberem ler e escrever.
Os camponeses
Grande parte da população era de camponeses (felás), que cultivavam as terras do faraó, dos sacerdotes e dos altos funcionários.
Apenas uma pequena parte do que produziam era destinada a eles próprios e, durante as inundações do Nilo, trabalhavam em obras públicas (construção de pirâmides, canais de irrigação, templos, etc.) em troca de alimentos.
Há registros que mencionam a difícil vida dos camponeses, principalmente, quando sofriam a violência dos cobradores de impostos.

Ver “De olho no presente”, pág. 87.

A vida nas cidades egípcias
As principais atividades urbanas eram realizadas pelos artesãos (marceneiros, pedreiros, fundidores, ourives, etc.), pelos soldados, muitos deles estrangeiros mercenários que combatiam por dinheiro ou por um pedaço de terra, e pelos escravos capturados nas guerras.

Tema 5: A religião e a escrita

A religião: o centro da vida no Egito
Os egípcios acreditavam em vários deuses, portanto, eram politeístas. O sol era adorado como um deus (Rá, Amon ou Aton). Outros deuses importantes eram Ísis, Osíris e Hórus.
Para os egípcios existia vida após a morte, desde que o corpo estivesse preservado para que o espírito vivesse na eternidade. Assim, para garantir a vida além-túmulo, costumavam mumificar os corpos e pagar um sacerdote para rezar uma prece para o morto.
Além disso, escreviam no papiro ou couro diversos conselhos, orações e receitas mágicas que iriam orientar o morto na vida além-túmulo. Era o chamado Livro dos Mortos, colocado no sarcófago.
A escrita no Egito
Existiam três formas de escrita no Egito: hieróglifo (a mais antiga e considerada sagrada), a hierática (mais simplificada) e a demótica (a mais popular, por ser a mais simples das três, inventada por volta de 700 a.C.).
Para seguir uma carreira promissora era preciso saber ler e escrever, ou seja, tornar-se primeiramente um escriba. Só assim, o indivíduo poderia chegar a ser um funcionário do faraó, um sacerdote ou um general.

Ler “Ampliando conhecimentos”, pág. 91

Tarefa: pág. 92 e 93

Tema 6: O Reino da Núbia

Recuperando a história de uma civilização
Ao contrário do que se pensava, os povos da África negra construíram grandes civilizações. Uma delas foi a civilização núbia.
Localização geográfica
Localizado ao sul do Egito, o reino da Núbia acompanhou também o curso do Rio Nilo e os oásis do deserto. Na região onde ficava esse reino encontravam-se ouro, cobre, ferro e pedras semipreciosas. Era chamado pelos egípcios de reino de Cuxe.
A história de um grande reino
O primeiro grande reino da Núbia durou de 2500 a.C. a 1550 a.C. Em alguns períodos de sua história, foram dominados pelos egípcios e em outras épocas, aconteceu dos reis cuxitas governarem o Egito.
Napata: a nova capital de Cuxe
Durante o período de dominação egípcia, os núbios absorveram alguns elementos culturais do Egito, como a escrita hieróglica.
No séc. VIII a.C. a capital de Cuxe foi Napata e nessa época, os núbios dominaram durante aproximadamente 100 anos, o Egito.
Meroé e o último reino cuxita
No séc. VI a.C. Napata foi atacada pelos egípcios e os núbios acabaram transferindo sua capital para Meroé. Nessa época, os cuxitas desenvolveram uma escrita particular, chamada de meroítica.
A escrita meroítica
A escrita meroítica era composta de um alfabeto de 23 sinais, sendo que eram utilizadas apenas consoantes para escrever algumas palavras. Ainda hoje essa escrita não foi totalmente decifrada.
Atividades econômicas
Além da técnica de trabalhar com cerâmica, pedra e ferro, os núbios cultivavam trigo, cevada, domesticavam animais e praticavam a pesca.

Ler “De olho no presente” (As mulheres de Cuxe e dos dias atuais)

Tarefa: pág. 98

Em foco: Imagens do Egito antigo (pág. 100 a 103)


6º A e B - 9ª postagem Roteiro de Estudo - 10/06/2014

                                                            
Cont. Tema 2: Como viviam os primeiros americanos

Mudanças na vida humana
Com as mudanças climáticas, onde se desenvolveram florestas e os animais de grande porte desapareceram, os homens aprenderam a preparar armadilhas para os animais menores e criaram novos hábitos alimentares, consumindo sementes e alimentos que antes não eram consumidos.
O início da agricultura na América
A agricultura na América desenvolveu-se primeiramente no Equador (América do Sul) e México (América do Norte), há mais ou menos 8 mil anos. Os alimentos cultivados foram: feijões, pimentões, abóboras, tomate e milho (América do Norte) e batata, batata-doce e mandioca (América do Sul).
O sedentarismo
A partir da agricultura, os grupos humanos tornaram-se sedentários e começaram a homenagear seus mortos, enterrando-os em urnas funerárias e fazendo oferendas de animais e ornamentos.
Avanços técnicos
A agricultura também incentivou avanços técnicos, tais como seleção e cruzamento de plantas e construção de canais de irrigação, além da observação da mudança que ocorria em cada estação do ano.
Tudo isso melhorou a qualidade de vida e houve um crescimento da população. Aos poucos, foram surgiram mais povoados e, em algumas regiões, cidades se formaram.
Mesmo assim, ainda havia pequenos grupos que continuaram vivendo de forma nômade e praticando a caça e a pesca.
Tarefa: pág. 56
Atividade em sala: Ontem e hoje (pág. 57)

Tema 3: O povoamento do Brasil

Uma época muito diferente da atual
Quando os primeiros seres humanos chegaram ao nosso território (Brasil) o clima era mais seco e frio. Existiam animais da megafauna, como os gliptodontes, preguiças-gigantes, tigres-dente-de-sabre, entre outros, que acabaram por desaparecer. Ver gravura e mapa na pág. 59
Esqueletos e objetos em Lagoa Santa
Em Lagoa Santa, Minas Gerais, foi encontrado o mais antigo vestígio de um humano no Brasil. Trata-se de um crânio feminino, de 11.500 anos mais ou menos. Por ser o mais antigo, é conhecido como “a primeira brasileira” e deram-lhe o nome de Luzia.
Foi feita nesse crânio, através de programas de computador, uma reconstituição da fisionomia de Luzia, constatando que ela possuía características muito parecidas com as dos atuais africanos e australianos. Ver foto da pág. 58.
Isso reforça a tese de que grupos humanos chegaram até a América do Sul, vindos da Polinésia e da Oceania.
O sítio de São Raimundo Nonato
A arqueóloga Niède Guidons descobriu no município de São Raimundo Nonato (Piauí), vários artefatos de pedra lascada e pedaços de carvão vegetal, que ela afirma serem de fogueiras. Esses objetos teriam cerca de 50 mil anos.

Tema 4: A vida dos primeiros habitantes do Brasil

Povos caçadores e coletores
Os primeiros habitantes do Brasil viviam de forma nômade e eventualmente, refugiavam-se em cavernas, onde deixaram pinturas rupestres, mostrando cenas de animais e pessoas. Faziam anzóis de ossos e conchas de caramujos perfuradas. Ver fotos na pág. 60
O fogo e os antigos habitantes do Brasil
Os antigos habitantes do Brasil já utilizavam o fogo para iluminar, afugentar animais, proteger do frio e assar a carne de animais caçados, conforme mostram os vestígios de fogueiras encontrados no Piauí.
Os povos dos sambaquis
Algumas populações de nosso território viviam nas regiões litorâneas e se alimentavam de peixes e moluscos. Ali se formaram colinas chamadas de sambaquis, formadas por restos de conchas deixadas por essas populações, onde foram encontrados também corpos sepultados. Alguns sambaquis chegam a atingir 30 metros de altura e 400 m de comprimento.
Os sambaquis também foram encontrados nas margens de rios e num deles (Rio Ribeira/SP) foi encontrado o mais antigo sepultamento, pois acharam um crânio de um indivíduo masculino, datado de aproximadamente 9 mil anos de idade.
Povos agricultores
Aqui no nosso território presume-se que a agricultura tenha começado por volta de 7 mil anos atrás, que cultivaram primeiramente a mandioca, algumas espécies venenosas, cujos venenos aprenderam a eliminar (ver gravura da pág. 61). Aprenderam também, mais tarde, a cultivar o milho, o feijão e o algodão.
A arte da cerâmica
Junto com a agricultura, iniciaram a produção de cerâmica. Feita pelas mulheres, era utilizada a argila misturada com areia, cascas de árvore e água, para essa atividade ceramista. As peças eram pintadas com pincéis feitos com penas de aves.
Os povos ceramistas
Na Ilha de Marajó (foz do Rio Amazonas) foram descobertos objetos de cerâmica muito bem elaborados, desenhados com linhas pretas e vermelhas, provavelmente feitos por artesãos especializados. São peças que fazem parte da chamada “cultura marajoara” e datam de aproximadamente 1800 anos atrás.
As moradias
Os primeiros habitantes do Brasil utilizavam madeiras, terra e folhas de plantas para fazer suas moradias e outros habitavam grutas.
Outros construíam suas habitações de acordo com as condições geográficas da área em que viviam, como por exemplo, as casas itararés, feitas pelos povos itararés, que viviam em terras altas do sul do Brasil. Alí, por causa dos ventos frios da região, esses povos construíram casas subterrâneas. Ver gravura da pág. 63.
Quando a região era mais baixa, construíam morros sobre os quais erguiam suas habitações.

Tarefa: pág. 64
Leitura do Em foco pág. 66 à 69