UNIDADE
3: MESOPOTÂMIA, EGITO E O REINO DA NÚBIA
Ver infográfico pág. 74 e 75
Tema
1: Mesopotâmia, o berço da civilização
“Meso”, em grego,
significa “entre” e “potamos” quer dizer “rio”, daí a palavra Mesopotâmia, que
significa “terra entre rios”, no
caso, os rios Tigre e Eufrates.
Hoje, no local onde se
localizava a Mesopotâmia, ficam os países Iraque e Kuwait. Ver mapa da pág. 76.
Foi nessa região, onde
foram construídos canais para levar a água às terras mais distantes, que as
aldeias conseguiram produzir maior quantidade de alimentos do que precisavam
para o consumo. A essa “sobra” de alimentos, chamamos excedente.
A população cresceu e
formaram-se as primeiras cidades.
Os mesopotâmicos
desenvolveram estudos de astronomia e matemática e podem ter sido os primeiros
povos a criar um sistema de escrita, chamado cuneiforme, por volta de 4000 a.C., que evoluiu para a escrita pictográfica (desenhos figurativos) e a
ideográfica, que representavam ações
e sentimentos.
A sociedade era formada
por:
Homens livres: artesãos,
criadores de gado, escribas, camponeses, escravos e aristocratas, que
pertenciam, esses últimos, à classe mais rica. Formavam o grupo dos
aristocratas o rei e sua família, os altos funcionários, os sacerdotes, os
grandes comerciantes e os generais.
Escravos: prisioneiros de
guerra ou pessoas que se vendiam para pagar dívidas.
Os mesopotâmicos eram politeístas e, para eles, seus deuses
eram como os seres humanos, porém, poderosos e imortais. Alguns deuses: An
(deus do céu), Enlil (deus do ar), Enki (deus da água) e Ninhursag (deusa da
mãe-terra).
Construíam templos em cima
de torres com escadarias, chamadas “zigurates”,
que significa “prédio alto”, onde os sacerdotes realizavam os rituais, que
consistiam em: sacrifícios de animais, oferendas de estátuas aos deuses e
mágicas. Ver
pág. 77.
Para ajudá-los na
agricultura, os mesopotâmicos elaboraram um calendário lunar de 12 meses, graças aos conhecimentos matemáticos
desenvolvidos.
Tema
2: Mesopotâmia, terra de grandes impérios
Foram vários os povos que
viveram na Mesopotâmia: assírios, sumérios, caldeus, acadianos e babilônios. Ver mapa na pág. 79
As primeiras cidades da
história foram fundadas pelos sumérios: Ur, Uruk, Eridu e Nipur. Essas cidades
eram independentes umas das outras, por isso, dizemos que eram “cidades-Estado”.
Aos poucos, algumas
cidades foram dominadas por outra, sendo obrigadas a pagar tributos e fornecer
soldados. Quando se dá essa dominação, chamamos ao território de império. O primeiro império formado foi
o Império Acádio (da região de
Acad), por volta de 3000 a.C.
Outro importante império
foi o Primeiro Império Babilônico
(+ou – 1900 a.C.), cujo sede ficava na cidade de Babilônia. Durante o governo
de Hamurábi, muitos territórios foram conquistados, a agricultura foi
desenvolvida e também foi elaborado um conjunto de leis, chamado de Código de Hamurábi, baseado na lei de
Talião (jurista da época), que seguia o princípio de “dente por dente, olho por olho”. Ver pág. 83 (Ontem e hoje).
Esse Império Babilônico
foi derrotado pelos hititas, após a morte de Hamurábi.
Outro império importante foi o formado pelos assírios que tinham um exército numeroso, composto por soldados violentos, que matavam os
inimigos, destruíam e saqueavam as cidades. No final do séc. VII a.C. foram
dominados pelos babilônios.
Também conhecido como Império Caldeu, por ter sido fundado
pelos caldeus, o Novo Império Babilônico
teve como um dos principais reis Nabucodonosor,
que destruiu Jerusalém e manteve
seus habitantes como prisioneiros na
Babilônia.
Durante o reinado de
Nabucodonosor, a cidade da Babilônia foi reconstruída, assim como houve a
recuperação da Torre de Babel, que
foi um grande zigurate de 100 m de altura, construído na época de Hamurábi.
Após a morte de
Nabucodonosor, o império enfraqueceu e foi conquistado pelos persas, em 539
a.C. (ver gravuras das pág. 80 e 81).
Tarefa: páginas 82 e 83
Tema
3: O Egito e o Rio Nilo
O Egito é um oásis
Graças ao Rio Nilo e ao
trabalho humano, formou-se uma extensa faixa de terra habitável em pleno
deserto do Saara, no norte da África. Por isso, costumou-se afirmar que “o
Egito é uma dádiva do Nilo”. Ver foto da pág. 84.
O trabalho às margens do
Rio Nilo
Após as cheias do rio
Nilo, ficava depositado em suas margens um material orgânico em decomposição
chamado humo, que deixava a terra
úmida e fértil, pronta para o plantio de trigo, cevada, linho e verduras. Os
egípcios também criavam gado e praticavam a pesca e a caça.
Além dessas atividades,
vários outros profissionais trabalhavam como padeiros, ceramistas, jardineiros,
fundidores, escultores, desenhistas, ferreiros, guardas e funcionários públicos
que trabalhavam para o faraó e para os sacerdotes.
A história de um longo
império
No início da civilização,
o Egito era dividido em dois reinos: o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao
norte).
Com a unificação dos dois
reinos, surgiu o primeiro faraó do Egito, chamado Menés, há + ou – 5000 anos.
A história política do
Egito divide-se em três fases, a saber:
1ª)
Antigo Império (2686/2181 a.C): construção das grandes pirâmides de Gizé
(Quéops, Quéfren e Miquerinos).
2ª)
Médio Império (2040/1782 a.C.): expansão do Egito, com a conquista de terras na
Núbia.
3ª)
Novo Império (1570 a 1069 a.C.): extensão do império para a Palestina e Síria.
Ver quadro “De olho no presente”, pág. 85
Tema
4: A sociedade no Egito antigo
O faraó era considerado um
deus
A palavra faraó significa
“casa grande”, ou seja, o faraó era
representante de uma grande família, a egípcia, com concentração máxima de
poder.
Considerado filho do deus Sol (Ra), o faraó era
adorado e respeitado pelo povo. Quando morria, assumia o trono o filho mais
velho ou um parente mais próximo.
Possuía várias esposas,
mas apenas uma era considerada a rainha. Comandava o exército e a administração
do reino, ajudado por funcionários, como o vizir (1º ministro), os sacerdotes e
os escribas, encarregados da contabilidade do reino, por saberem ler e
escrever.
Os camponeses
Grande parte da população
era de camponeses (felás), que
cultivavam as terras do faraó, dos sacerdotes e dos altos funcionários.
Apenas uma pequena parte
do que produziam era destinada a eles próprios e, durante as inundações do
Nilo, trabalhavam em obras públicas (construção de pirâmides, canais de
irrigação, templos, etc.) em troca de alimentos.
Há registros que mencionam
a difícil vida dos camponeses, principalmente, quando sofriam a violência dos
cobradores de impostos.
Ver “De olho no presente”, pág. 87.
A vida nas cidades
egípcias
As principais atividades
urbanas eram realizadas pelos artesãos
(marceneiros, pedreiros, fundidores, ourives, etc.), pelos soldados, muitos deles estrangeiros mercenários que combatiam por
dinheiro ou por um pedaço de terra, e pelos escravos capturados nas guerras.
Tema
5: A religião e a escrita
A religião: o centro da
vida no Egito
Os egípcios acreditavam em
vários deuses, portanto, eram politeístas.
O sol era adorado como um deus (Rá, Amon ou Aton). Outros deuses importantes
eram Ísis, Osíris e Hórus.
Para os egípcios existia vida após a morte, desde que o corpo
estivesse preservado para que o espírito vivesse na eternidade. Assim, para
garantir a vida além-túmulo, costumavam mumificar
os corpos e pagar um sacerdote para rezar uma prece para o morto.
Além disso, escreviam no
papiro ou couro diversos conselhos, orações e receitas mágicas que iriam
orientar o morto na vida além-túmulo. Era o chamado Livro dos Mortos, colocado no sarcófago.
A escrita no Egito
Existiam três formas de
escrita no Egito: hieróglifo (a mais
antiga e considerada sagrada), a hierática
(mais simplificada) e a demótica (a
mais popular, por ser a mais simples das três, inventada por volta de 700
a.C.).
Para seguir uma carreira
promissora era preciso saber ler e escrever, ou seja, tornar-se primeiramente
um escriba. Só assim, o indivíduo
poderia chegar a ser um funcionário do faraó, um sacerdote ou um general.
Ler “Ampliando conhecimentos”, pág. 91
Tarefa: pág. 92 e 93
Tema
6: O Reino da Núbia
Recuperando a história de
uma civilização
Ao contrário do que se
pensava, os povos da África negra construíram grandes civilizações. Uma delas
foi a civilização núbia.
Localização geográfica
Localizado ao sul do
Egito, o reino da Núbia acompanhou
também o curso do Rio Nilo e os oásis do deserto. Na região onde ficava esse
reino encontravam-se ouro, cobre, ferro e pedras semipreciosas. Era chamado
pelos egípcios de reino de Cuxe.
A história de um grande
reino
O primeiro grande reino da
Núbia durou de 2500 a.C. a 1550 a.C. Em alguns períodos de sua história, foram
dominados pelos egípcios e em outras épocas, aconteceu dos reis cuxitas
governarem o Egito.
Napata: a nova capital de
Cuxe
Durante o período de
dominação egípcia, os núbios absorveram alguns elementos culturais do Egito,
como a escrita hieróglica.
No séc. VIII a.C. a
capital de Cuxe foi Napata e nessa época, os núbios dominaram durante
aproximadamente 100 anos, o Egito.
Meroé e o último reino
cuxita
No séc. VI a.C. Napata foi
atacada pelos egípcios e os núbios acabaram transferindo sua capital para
Meroé. Nessa época, os cuxitas desenvolveram uma escrita particular, chamada de
meroítica.
A escrita meroítica
A escrita meroítica era
composta de um alfabeto de 23 sinais, sendo que eram utilizadas apenas
consoantes para escrever algumas palavras. Ainda hoje essa escrita não foi
totalmente decifrada.
Atividades econômicas
Além da técnica de
trabalhar com cerâmica, pedra e ferro, os núbios cultivavam trigo, cevada,
domesticavam animais e praticavam a pesca.
Ler “De olho no presente” (As mulheres de Cuxe e dos dias atuais)
Tarefa: pág. 98
Em foco: Imagens do Egito antigo (pág. 100 a 103)
Conteúdo para a prova mensal do 3º trimestre a partir dessa postagem.
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