O tempo da natureza
e o tempo do relógio
Antes
da industrialização predominava o tempo da natureza, ou seja, as tarefas
diárias eram executadas de acordo com os ciclos da natureza: hora do amanhecer
e do anoitecer, hora de ordenhar as vacas, etc. Já durante a Revolução
Industrial o tempo do relógio passou a ser difundido. Havia horário para tudo,
desde iniciar o trabalho na fábrica até o horário de saída.
O
homem passou a ser escravo do relógio.
Ruas e moradias
Os
operários moravam em casas próximas às fábricas, em casas alugadas. As moradias
eram pequenas, geminadas (ligadas umas nas outras), geralmente assobradas (dois
andares).
Como
não havia rede de esgoto, os banheiros eram fossas e ficavam fora da casa.
As
ruas eram estreitas, sujas, mal cheirosas. Nelas ficavam mendigos, prostitutas
e desempregados.
A
água era retirada de bicas espalhadas pela cidade.
As
pessoas alimentavam-se de batata, arenque (peixe), chouriço, pés e orelhas de
porco e pão.
Essa
situação provocava diversas doenças, como cólera e tuberculoses. Ver gravuras da
pág. 77
Tema 5 – As lutas operárias e os sindicatos
A organização da classe operária
A classe operária inglesa, mediante tanta
exploração, reagiu com greves e formação de sindicatos, ameaçando os
capitalistas.
Destruindo as máquinas
Mesmo diante de tanta exploração, os
operários que trabalhavam até 16 horas por dia, sem quaisquer direitos
trabalhistas, sabiam que esse era o único meio de sobrevivência que tinham.
Assim, quando houve a mecanização do trabalho, muitos ficaram desempregados e
acabaram culpando as máquinas por essa situação e assim acabaram por reagir
destruindo as máquinas, entre 1811 e 1816.
Esse movimento de quebra-máquinas aconteceu
em várias regiões da Inglaterra, e foi chamado ludismo, porque,
presumivelmente, o operário que o liderou chamava-se Ned Ludd.
Violentamente reprimido pelas autoridades, o
movimento acabou com muitos envolvidos condenados à morte.
A formação dos sindicatos
ingleses
Após
a Revolução Industrial, os operários criaram associações chamadas trade unions
ou sindicatos, que tinha por objetivo organizar as lutas dos operários por
melhores condições de trabalho e maiores salários.
A difícil luta pela
liberdade sindical
Inicialmente
essas associações foram proibidas mas, aos poucos, o funcionamento dos
sindicatos tornou-se legal (1871), conquistando novos direitos sociais para os
operários.
O movimento cartista
Em
1837 uma associação de trabalhadores enviou ao Parlamento Inglês um documento
contendo um abaixo assinado com mais de um milhão de assinaturas (Carta do
Povo), onde reivindicavam o voto secreto, o sufrágio universal masculino e
parlamentos renovados anualmente.
O
Parlamento recusou-se em aprovar a carta e houve enfrentamentos, resultando na
morte de 10 pessoas e muitos feridos.
Uma
segunda carta (1840) com mais de 3 milhões de assinaturas foi novamente
entregue ao Parlamento e aos poucos suas reivindicações foram sendo atendidas,
tais como aumento de salário e redução de jornada de trabalho. Ver quadro com legislação trabalhista britânica na pág. 81.
Tarefa: pág. 82
Leitura do Em foco, pág. 84 à 87.
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