terça-feira, 17 de junho de 2014

8º A e B - 14ª postagem Roteiro de Estudo - 16/06/2014

UNIDADE 4: REVOLUÇÕES NA AMÉRICA E NA EUROPA (pág. 90)
Ler introdução: A luta dos direitos humanos

Tema 1 – A era da Ilustração

A Europa do Antigo Regime

Por volta do séc. XVIII os grupos dominantes na Europa eram o clero e a nobreza que usufruíam de diversos privilégios, entre eles a isenção de muitos impostos e o direito de ocupar cargos públicos. O restante da população, formado por camponeses, trabalhadores urbanos, burgueses e desocupados, arcavam com o peso de todos os impostos.
Nessa época a sociedade era estamental, ou seja, a origem ou o nascimento de cada indivíduo é que determinava sua posição na sociedade. Assim, mesmo quem conseguisse enriquecer, não conseguiria os mesmos privilégios que os nobres. Ver gravura da pág. 92

A reação iluminista

Surgiu nessa época um movimento em reação ao Antigo Regime (reis absolutistas e privilégios do clero e da nobreza) chamado de Iluminismo ou Ilustração. Os intelectuais que participaram desse movimento criticavam duramente a influência da Igreja, os privilégios da nobreza, a servidão no campo e a censura, que colocavam a Europa num período de trevas. Para eles, a razão seria uma maneira de colocar a sociedade no caminho da luz, acabando com a ignorância.

Não tenha medo de usar o intelecto!

Os iluministas defendiam a educação do povo e a liberdade religiosa, pois, segundo eles, ao usar o pensamento racional, as pessoas se distanciariam do misticismo e das superstições que os mantinham na ignorância.

Os mais importantes pensadores iluministas foram:
Diderot e D’Alembert: escreveram uma obra chamada Enciclopédia, que reunia todo o saber da época.
Voltaire: escreveu Cartas Inglesas, com críticas ao absolutismo, defendiam a liberdade religiosa e a defesa da liberdade de expressão.
Montesquieu: escreveu O Espírito das Leis, sugerindo a criação dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário, diminuindo o poder dos reis).
Rousseau: escreveu o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, também criticando o poder absolutista e defendendo a ideia de que os governantes deveriam se submeter à vontade do povo.
Adam Smith e David Ricardo: escreveram obras criticando o mercantilismo e defendendo o liberalismo econômico.

O mercantilismo

Mercantilismo era a prática econômica onde os governos absolutistas intervinham na economia, buscando o enriquecimento do reino. Algumas dessas práticas mercantilistas eram: a balança comercial favorável (exportar mais e importar menos), acumulação de metais preciosos e criação de monopólios (exclusividade de compra ou venda).

O liberalismo econômico

Ao contrário do mercantilismo, a proposta do liberalismo defendido por Adam Smith tinha por lema o “laissez faire, laissez passer”, ou seja, deixai fazer, deixai passar, numa referência à ideia de que o mercado deveria ser orientado pela lei da oferta e da procura, sem interferência do Estado. Além disso, defendia também que o trabalho deveria ser a verdadeira fonte geradora de riqueza, contrapondo-se à visão de que a riqueza de uma nação deveria ser medida pelo acúmulo de metais preciosos.

O despotismo esclarecido

Alguns monarcas se aproximaram desse pensamento iluminista e tentaram modernizar seus Estados, mesmo sem abrir mão de seu poder absolutista. Foram chamados, por isso, de déspotas esclarecidos, o que significa “aquele que governa de forma absoluta e arbitrária, mas tenta promover reformas e tornar a administração do reino mais eficiente, preservando a ordem social.”

Luzes na educação

No Antigo Regime, o ensino estava sob o controle da Igreja. Os iluministas, porém, discordavam dessa influência e propunha uma educação laica, ou seja, independente da religião, dirigida pelo Estado, ou seja, deveria ser gratuita e oferecida a toda à população, além de ser orientada para o estudo das ciências, preparando os alunos para o trabalho. Ver gravuras das pág. 94 e 95.

Tema 2 – A independência dos Estados Unidos

O primeiro movimento político inspirado pelos ideais iluministas foi a independência dos Estados Unidos. Vejamos:
As treze colônias da América do Norte pertencentes à Inglaterra, durante mais de cem anos, não tiveram um controle rigoroso por parte de sua metrópole, tal como aconteceu com as colônias de Portugal e Espanha. No entanto, a partir do séc. XVII algumas decisões inglesas não foram bem recebidas pelos colonos americanos, iniciando com as Leis de Comércio e Navegação, que interferia no comércio marítimo das colônias. Essas leis foram recusadas pelos colonos.
Já no séc. XVIII aconteceu a Guerra dos Sete Anos, entre França e Inglaterra. Embora esta última tenha vencido a guerra, os ingleses obviamente tiveram suas finanças arruinadas pelos gastos militares, fazendo com que buscassem arrecadar tributos de suas colônias para compensar essa crise econômica.
As medidas aprovadas pelo Parlamento britânico para atingir esse objetivo, foram:
1. Lei da Receita, também conhecida por Lei do Açúcar (1764): tarifas alfandegárias sobre diversos produtos importados, tais como melaço, vinho, café, seda e linho.
2. Lei do Selo (1765): tributo sobre os documentos legais, textos impressos (jornais, panfletos, etc.), que deveriam exibir um selo real, mediante o pagamento de uma taxa.
3. Lei do Chá (1773): criou o monopólio do comércio de chá, autorizando apenas a Companhia das Índias Orientais distribuir o produto nas colônias.
Reação dos colonos: disfarçados de índios lançaram ao mar o carregamento de chá de três navios ingleses. Esse fato ficou conhecido como Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston).
O governo inglês logo reagiu e decretou algumas leis que os colonos chamaram de Leis Intoleráveis. Foram elas: fechamento do porto de Boston enquanto os colonos não pagassem o prejuízo; ocupação da colônia de Massachusetts por tropas inglesas; controle militar das terras a oeste das treze colônias.
Indignados, os colonos reuniram-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia (1774), que determinou o boicote aos produtos ingleses.

A Declaração de Independência

Em março de 1775, começou a guerra de independência e em maio desse mesmo ano, os colonos se reuniram no Segundo Congresso e decidiram romper com a metrópole (Inglaterra) redigindo a Declaração de Independência, aprovada em 04/07/1776.
Inspirado nos ideais iluministas, esse documento previa:
. Igualdade entre os homens.
. Direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
. Mudança de governo toda vez esses objetivos não forem alcançados.
. Independência das colônias como Estados livres.
Assim, na Batalha de Yorktown, ajudados pelos franceses, espanhóis e holandeses, os norte-americanos derrotaram as tropas inglesas.
Dois anos depois, a Inglaterra reconheceu a independência de suas antigas colônias e assinou um documento, chamado de Tratado de Versalhes. Esse nome deve-se ao fato que o documento foi assinado em Versalhes, na França.

O significado da independência

Os Estados Unidos foram o primeiro país a se tornar independente na América, implantando uma nova organização política, a república moderna, na qual as decisões dos cidadãos eram soberanas para conduzir a nação.
Mas atenção, nem todo norte-americano era considerado cidadão, já que a escravidão africana foi mantida, os indígenas continuaram sendo expulsos de suas terras e as mulheres não tinham direito ao voto. Assim, essa parcela da população não tinha direito à participação política.

Atividade: De olho no presente (pág. 98)
Atividade: Um problema (pág. 99)
Tarefa: pág. 100

Tema 3: A França antes da Revolução

No final do séc. XVIII (1780) a população francesa, na época de +ou- 25 milhões de habitantes, dividia-se em três ordens ou estados: o primeiro estado (clero), o segundo estado (nobreza) e o terceiro estado (burguesia e camadas populares).
Nessa época, a França vivia uma grave crise econômica, consequência da alta de preços dos cereais (após safras agrícolas ruins), da fome e da queda de arrecadação de impostos.
Pretendendo contornar a crise, o governo tentou fazer uma reforma fiscal, acabando com os privilégios do primeiro e do segundo estados.
O rei Luís XVI convocou, então, uma assembleia com representantes dos três estados, chamada Estados Gerais, porém, como o voto era por estado e não individualmente, os interesses do clero e da nobreza sempre prevaleciam, numa tentativa de fazer o terceiro estado arcar com mais impostos. (ver pirâmide social pág. 103)

Tema 4: O início da revolução

A desvantagem dos votos fez com que a burguesia liderasse o terceiro estado, fazendo com que seus representantes se retirassem da reunião dos três estados e proclamassem a assembleia nacional permanente que depois se transformou em Assembleia Nacional Constituinte.

Por outro lado, a fome e a cobrança de impostos que a população de Paris enfrentava, fez com que houvesse rebeliões, saques e a invasão da Bastilha (prisão militar), dando início à Revolução Francesa.

Monarquia Constitucional
Em 1789 a Assembleia Constituinte aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (igualdade de todos perante a lei, direito à liberdade de expressão e à propriedade privada) e em 1891, aprovou uma constituição para a França, na qual o poder ficava dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário.

Nasce a República Francesa
Em abril de 1792, a Áustria e a Prússia unem-se ao rei francês Luís XVI e declaram guerra à França, tentando restaurar o antigo regime (monarquia absolutista). Em agosto do mesmo ano, o rei foi preso pelos suns culotes (grupo radical que defendia a república). Forma-se uma nova assembleia, chamada Convenção Nacional e, finalmente, após os invasores serem derrotados, a República é proclamada.

Divisão política na França revolucionária

Jacobinos: era o grupo de “esquerda”, mais radical, composto pela pequena burguesia e classe média de Paris. Defendiam uma sociedade igualitária e tinham por principal líder, Robespierre.
Girondinos: era o grupo de republicanos moderados e representavam a grande burguesia comercial.
Planície ou Pântano: era o grupo do “centro”, mais moderados, representavam um grande número de pessoas. Tinham posições políticas vacilantes.
Cordeliers: nome que significa “franciscanos”, era um grupo ligado aos sans-culottes (ver referência na pág. 106), defendiam a reforma agrária. Eram liderados por Danton e Marat.
Monarquistas constitucionais: grupo de “direita”, mais moderado, defendia a monarquia e não queria grandes reformas.

Tema 5: Do Terror à reação termidoriana (pág. 108)

A Convenção Nacional

Jacobinos e girondinos discordam politicamente durante o período republicano em que a França foi governada pela Convenção Nacional (1792 e 1795).
Acusado de traição, o rei Luís XVI é executado na guilhotina, provocando reação de países que defendiam a monarquia absolutista.
  
Os jacobinos no poder

Por divergências entre os dois grupos, após os jacobinos terem expulsado os girondinos da Convenção e aprisionado seus líderes, foi criado o Comitê da Salvação Pública, responsável pela segurança interna da França.

O Terror

O líder jacobino Robespierre prende e executa os contrarrevolucionários, instaurando o período do Terror (300 mil presos e 17 mil executados).
Os jacobinos confiscaram terras da nobreza e as distribuíram para camponeses pobres e aboliram a escravidão nas colônias francesas.
Em 1794, o próprio líder dos jacobinos Robespierre é executado, acusado de tirania e os girondinos assumem o poder.

A reação termidoriana

Assustados com a radicalidade dos jacobinos, os girondinos os expulsam da Convenção no golpe de 9 de Termidor (data do novo calendário da revolução), prendem e executam seus líderes, inclusive Robespierre.

Do Diretório ao 18 Brumário

Em 1795, a França passa a ser governada por cinco diretores (Diretório), atendendo aos interesses da burguesia (voto censitário e liberdade econômica) e apoiam o general Napoleão Bonaparte que assume o governo, passando o Diretório a ser um Consulado.

Palavras da revolução
Leitura do texto “Palavras da Revolução”, pág. 111

Símbolos da revolução

Os símbolos utilizados pelos franceses para representar a Revolução Francesa foram: a tomada da Bastilha, o barrete frígio (gorro vermelho), a bandeira tricolor e a Marselhesa (hino nacional). Além disso, foram criados também unidades de medida que hoje são adotadas em muitos países (metro e quilograma).
Tarefa: pág. 112
Em foco: pág. 114 à 117









Um comentário:

  1. Oi pessoal, esse conteúdo já é o do 3º trimestre (prova mensal a ser realizada em outubro).

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