quinta-feira, 14 de agosto de 2014

7º A e B - 13ª postagem Roteiro de Estudo - 14/08/14

UNIDADE 4: MUDANÇAS NA ARTE E NA RELIGIÃO

Tema 1: A cultura humanista do Renascimento

Uma nova visão de mundo

No final da Idade Média, costumava-se dizer que o período medieval foi um tempo de estagnação, de atraso, por isso esse período foi chamado de “Idade das Trevas”.
No séc. XIV surgiu nos centros urbanos, principalmente em Florença, na Itália, um movimento cultural que pretendia retomar valores da cultura greco-romana, partindo da filosofia e da arte, para fundar um mundo novo. Esse movimento cultural ficou conhecido por Renascimento.
Embora não negassem a existência de Deus, os renascentistas procuraram valorizar os interesses humanos e terrenos, dando ao homem a importância que ele não teve durante a Idade Média, quando se colocava Deus em primeiro plano. Esse movimento intelectual chamado de Humanismo tornou-se uma das principais características do Renascimento, que se estendeu até o séc. XVI.

Os valores humanistas

O humanismo pode ser caracterizado por três valores:
·       Antropocentrismo: defendia a ideia do ser humano como o centro do universo, dando-lhe a importância que perdera na Idade Média.
·         Resgate dos estudos dos pensadores greco-romanos: consideravam a Antiguidade Clássica a época de ouro da história.
·         Autonomia da razão: defendiam que a verdade deveria ser buscada por meio da investigação e da reflexão pessoal.
A visão humanista se manifestou na política, na ciência, nas artes e em outros aspectos da cultura da elite europeia.

Os novos meios de divulgação

Uma das grandes invenções do séc. XV foi a criação de tipos móveis metálicos pelo alemão Johannes Gutenberg, que permitia a reprodução de várias páginas de um livro em pouco tempo, substituindo a produção manuscrita. Isso contribuiu para que as ideias humanistas se difundissem na Europa.

Os novos conhecimentos

A nova mentalidade europeia contribuiu para o avanço do conhecimento científico, a saber:
·         Teoria heliocêntrica, de Nicolau Copérnico: a Terra e os demais planetas giravam em torno do sol que, acreditavam, era o centro do universo.
·      Surgimento de novas ciências impulsionadas pelas viagens marítimas: geografia, cartografia, botânica e zoologia.
·         Conhecimento da anatomia e da circulação sanguínea.
Por questionarem muitas crenças (dogmas) da Igreja Católica, esses conhecimentos foram violentamente combatidos pelo clero.

Tema 2: A arte do Renascimento

Para obter status social, muitos burgueses ricos e nobres italianos financiavam estudiosos e artistas do Renascimento. Essas pessoas que protegiam e valorizavam o trabalho de artistas e cientistas eram chamados de mecenas. Assim, falamos que eles praticavam o mecenato.

O realismo da arte renascentista

Utilizando formas geométricas e estudos matemáticos e físicos, os artistas do Renascimento criaram a técnica da perspectiva, que possibilitava criar a sensação de profundidade e volume nas imagens representadas em suas obras. Além disso, introduziram a paisagem e figuras humanas, recriando a realidade e destacando a natureza.

O Renascimento na Península Itálica
O Renascimento na Itália dividiu-se em três fases, cada qual com sua própria característica:
·         O Trecento (séc. XIV)
·         O Quatrocento (séc. XV)
·         O Cinquecento (séc. XVI)

O Renascimento em Florença: o Quatrocento

Governada por uma poderosa família de banqueiros mecenas, os Médicis, em Florença destacaram-se os artistas Botticelli, Donatello e Brunelleschi. (ver gravuras pág. 100 e 101 e analisar as gravuras das pág. 102 e 103).

A transferência para Roma: o Cinquecentro

Nesse período, Roma era o centro do Renascimento. Destacaram-se os artistas: Michelângelo, Rafael e o genial Leonardo da Vinci. (ler o texto Em foco, da pág. 114 à 117).

É importante frisar que o Renascimento iniciou-se na Itália no séc. XIV e difundiu-se pela Europa Ocidental no final do séc. XVI.

Tarefa: pág. 104  (1 a 5)

Tema 3: A Reforma Protestante

A crise religiosa e o início da Reforma

Durante a Idade Média a Igreja Católica tinha um grande poder e quem discordava de seus ensinamentos era considerado herege, sendo punido até com a morte.
Em 1517, a Igreja iniciou a venda de indulgências, que consistia num documento que assegurava o perdão dos pecados em troca de uma quantia em dinheiro. O papa Leão X pretendia, com isso, terminar a basílica de São Pedro, em Roma.
Porém, o monge alemão Martinho Lutero, que já criticava a Igreja por vender cargos eclesiásticos, pela ostentação do alto clero e pela falta de preparo dos padres, revoltou-se contra mais essa atitude da instituição católica.
Corajosamente, escreveu suas críticas, chamadas de teses, e as pregou na porta da catedral de Wittenberg. Ao todo, eram 95 críticas à Igreja.
Lutero foi declarado herege e excomungado, ou seja, expulso da Igreja. A partir daí, com o apoio de príncipes alemães, ele deu início à REFORMA PROTESTANTE.

A doutrina de Lutero

Lutero defendia as seguintes ideias:
·         A fé é que salva e não as obras que a pessoa pratica, no caso, o pagamento das indulgências.
·         Todos devem ter o direito de interpretar os textos da Bíblia, portanto, esta deveria ser traduzida nas diferentes línguas europeias e não só escrita em latim.
·         A Igreja não é infalível, mas Bíblia deveria sempre ser considerada a fonte da verdade.
·         Os sacramentos deveriam ser apenas dois (batismo e eucaristia) e não sete.
·         O papa não deveria ser considerado infalível, ou seja, não era o dono da verdade.
·         Negação do culto à Virgem Maria e aos santos.

Outros movimentos reformadores

Calvinismo
Fundado por João Calvino, a nova religião cristã defende a predestinação absoluta, ou seja, o destino de cada um já estava traçado por Deus. Valoriza também o trabalho como forma de glorificação a Deus e o enriquecimento era uma forma de glorificar a Deus.
Na Franca os calvinistas ficaram conhecidos por “huguenotes”; na Inglaterra, como “puritanos” e na Escócia eram chamados de “presbiterianos”.


Anglicanismo

O anglicanismo surgiu na Inglaterra em 1531, quando o rei Henrique XVIII rompeu com a Igreja Católica para poder se divorciar de Catarina de Aragão e casar-se com Ana Bolena, criando a Igreja Anglicana e tornando-se o único e supremo chefe da Igreja Inglesa, através do Ato de Supremacia, aprovado pelo Parlamento inglês.
Ver mapa da pág. 108

Tema 4: A Contrarreforma

A Reforma Católica

Também chamada de Contrarreforma, a Reforma Católica pretendeu conter o avanço do protestantismo e discutir as críticas internas da própria Igreja. Para tanto, convocou o Concílio de Trento, que consistia numa reunião de bispos da Igreja visando proceder a uma reorganização interna.

O Concílio de Trento

Decisões:
·         Confirmação dos sete sacramentos, do culto à Virgem Maria e aos santos.
·         Reafirmação de que o bom católico é julgado pela e pelas obras que realiza.
·         Confirmação de que as fontes da doutrina católica são a tradição da Igreja e a Bíblia.
·         Criação de seminários para formar sacerdotes, exigindo que o clero voltasse a ter uma vida simples, conduta exemplar e boa formação intelectual.

Instrumentos da Contrarreforma

Para conter o protestantismo e atrair novos fieis, a Igreja tomou as seguintes iniciativas:
1.    Expandir a fé católica além da Europa, criando ordens religiosas como a dos jesuítas (Companhia de Jesus);
2.    Reorganização do Tribunal do Santo Ofício, também chamado de Santa Inquisição, em que se julgava e punia os hereges, perseguindo os judeus, protestantes e cristãos novos.
3.    Criação do Index, índice de livros proibidos.
4.    Publicação do catecismo, um livro que resumia a doutrina católica, usado na evangelização.

A Europa se divide

As pessoas deveriam seguir determinada religião, de acordo com a adotada pelo rei. Assim, criou-se na Europa uma rivalidade religiosa entre reinos e entre pessoas do próprio reino que não professavam a religião do rei.
Um dos episódios mais graves ocorreu na França, em 24/08/1572, quando 3 mil huguenotes (calvinistas) foram massacrados a mando de Catarina de Médicis, mãe do rei Carlos IX, que era católico, na chamada Noite de São Bartolomeu. O conflito que se seguiu só terminou em 1598, quando foi assinado o Edito de Nantes, que concedia liberdade de culto no país.

Tarefa: pág. 112 (1 a 7)


Leitura do Em foco (pág. 114 à 117)

Um comentário:

  1. Conteúdo para a prova mensal do 3º trimestre, a partir dessa postagem.

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