UNIDADE 5: A ERA DE
NAPOLEÃO E A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
Introdução:
Napoleão
foi um grande estrategista militar, tornou-se general aos 25 anos, chefe de
Estado aos 30 (cônsul) e imperador de grande parte da Europa aos 40.
Amado
por muitos e combatido por outros, foi acusado como invasor de territórios e
déspota bastante autoritário (ditador).
Tema 1: Napoleão
Bonaparte no poder
A crise do Diretório
Depois
que os girondinos assumiram o poder na França revolucionária, não houve avanço
para resolver a questão da crise econômica que empobrecia cada vez mais a
população. Além disso, havia muita disputa política para tomar o poder e,
consequentemente, a França estava sob a ameaça de um golpe de Estado, correndo
o risco dos jacobinos ou os monarquistas voltarem ao poder.
Napoleão
chega ao poder
Nessa
época, o jovem general Napoleão Bonaparte que estava em campanha no Egito, foi
chamado e, aclamado pela população, assumiu o governo da França em 18 Brumário
(9 de novembro) de 1799.
Seus
primeiros atos foram:
·
Aprovação
de nova Constituição
·
Extinção do Diretório
·
Instauração
do Consulado (órgão executivo,
composto por três cônsules, o primeiro deles, o próprio Napoleão).
França:
autoritarismo e recuperação econômica
Napoleão
governou a França durante dezesseis anos. Tornou-se imperador em menos de cinco
anos de governo, através de um plebiscito (consulta popular).
Nesse
período, os princípios iluministas
republicanos e os que limitavam o poder do governante foram ignorados. Além
disso, acabou com as liberdades
individuais e políticas e procedeu a uma rigorosa censura com relação à
imprensa.
Prometendo
tornar a França uma grande potência mundial, buscou a conciliação nacional,
atendendo os diversos grupos sociais: à população
mais pobre destinou a reforma
agrária, assim como apoiou a
prosperidade da burguesia.
Recuperou
as finanças do país criando o Banco da
França, que financiava a agricultura e a indústria, reorganizou os impostos,
construiu estradas e pontes, além de
melhorar os serviços de correios e
telégrafos.
A
legislação napoleônica
Napoleão
concluiu a reforma jurídica na
França, que já havia sido iniciada durante a revolução. Assim, além do Código Comercial e Código Penal que já estavam em andamento, ele organizou o Código Civil Napoleônico, que regulava
as questões civis da população (direito à propriedade, igualdade perante a lei,
etc.).
Ver gravuras nas
pág. 124 e 125. Uma delas retrata a coroação da imperatriz Josefina, em que
Napoleão retira das mãos do papa a coroa e ele mesmo procede ao ato, numa
demonstração de que seu poder estaria, a partir dali, desvinculado da Igreja.
Tema 2: O Império
Napoleônico
As
conquistas de Napoleão na Europa
Enquanto
fazia reformas no país, Napoleão tratou de assinar acordo de paz com a
Inglaterra (1802), porém, logo depois (1803) a Inglaterra uniu-se à Áustria,
Prússia e Rússia e declararam guerra à França.
Napoleão,
no entanto, conseguiu derrotar todos eles, com exceção da Inglaterra. Na
tentativa de enfraquecer esse país, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, que consistia em proibir os países da Europa
de comercializar com a Inglaterra, sob pena de terem seus territórios invadidos
pelas tropas francesas.
Rússia,
o começo do fim
Apesar
do Bloqueio Continental, Portugal, que era dependente do comércio com a
Inglaterra, não aderiu ao bloqueio, tendo seu território invadido pelas tropas
francesas em 1808.
A
Rússia também rompeu o bloqueio e em 1812, seu território começou a ser
invadido por Napoleão. A estratégia da Rússia foi abandonar as cidades, não sem
antes destruir a agricultura, os pastos, as casas, antes que as tropas
chegassem.
Ao
chegar a Moscou, os franceses encontraram a cidade incendiada e tiveram que
retornar, enfraquecidos e perseguidos pelos russos. Além disso, o frio intenso
aniquilou as tropas francesas, retornando à França, dos 600 mil soldados, menos
de 60 mil que conseguiram sobreviver, cansados, doentes, famintos.
O
Governo dos Cem Dias
Derrotado
também politicamente, Napoleão abdicou em 1814 e foi exilado na ilha de Elba
(Mar Mediterrâneo) e a França retomou a monarquia com Luís XVIII.
Com
a população insatisfeita com esse retrocesso, Napoleão voltou e retomou o poder
por apenas 100 dias, pois foi derrotado na guerra contra a Rússia, Áustria,
Prússia e Inglaterra, em 1815.
Novamente
foi exilado, desta vez na Ilha de Santa Helena (Oceano Atlântico), onde morreu
em 1821.
O
Congresso de Viena
Após
a derrota da França, a Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia reuniram-se no Congresso de Viena, numa tentativa de
redefinir o novo mapa de Europa, já que grande parte do território havia sido
conquistado por Napoleão.
Tentaram
também se unir criando a Santa Aliança
(pacto militar) que iria impedir novas revoluções na Europa.
Assim,
a França perdeu os territórios conquistados e retomou a monarquia, mas a Europa
nunca mais foi a mesma depois da Revolução Francesa, já que esta influenciou
novos movimentos liberais e nacionalistas, inclusive nas colônias americanas.
Tarefa: pág. 130
Tema 3: Os americanos
lutam por liberdade
Na
América começam a surgir movimentos
emancipacionistas que visavam acabar com a exploração colonial.
Nos
domínios espanhóis, divididos em quatro vice-reinados e quatro capitanias
gerais, a base da economia era a mineração, a agricultura e a pecuária.
O
grupo dominante era formado pelos espanhóis, chamados de chapetones, e seus descendentes, os criollos. Os grupos dominados eram compostos pelos mestiços, pelos índios e escravos
africanos.
Descontentes
com a administração espanhola os criollos
lideraram um conflito contra o governo da Espanha.
Aos
poucos, foram conseguindo a independência das províncias.
O
venezuelano, Simón Bolívar, líder
dos combatentes, conseguiu a independência da Grã-Colômbia, da Colômbia, do
Equador, Panamá e da Venezuela. Seu desejo era ver a América unida, mas não viu seu sonho ser realizado, pois as
divergências internas criaram diferentes países na América espanhola.
Tema 4: México livre
O
movimento de independência do México teve uma participação mais popular. O
padre Miguel de Hidalgo liderou indígenas, mestiços e trabalhadores pobres
contra a dominação espanhola. Mesmo depois de capturado e fuzilado, o ideal de
Hidalgo continuou através de novos momentos contra a dominação e a opressão do
povo, que foi duramente reprimido pelo governo espanhol.
No
início dos anos 1820, os criollos,
temendo novos levantes populares, declararam
a independência do México.
Com
relação à independência de Cuba, o
movimento de independência dividiu-se entre dois grupos:
·
Autonomistas: defendiam a plena
autonomia de Cuba após a independência.
·
Anexionistas: pretendiam que
Cuba se unisse aos Estados Unidos, com quem mantinha vínculo comercial intenso.
No
conflito contra a Espanha, os Estados Unidos interviram e a Espanha, vencida,
aceitou a independência de Cuba em 1898.
Em
1902, os Estados Unidos aprovaram uma emenda constitucional chamada Emenda Platt, que dava ao país o
direito de intervir em Cuba sempre que os seus interesses estivessem ameaçados.
Assim,
Cuba viu-se independente da Espanha e sob a dominação norte-americana.
Tarefa: pág. 138
oi professora quem ta falando aqui e o cristian
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