quarta-feira, 8 de outubro de 2014

8º A e B - 15ª postagem roteiro de estudo - Unidade 5: A Era de Napoleão e a Independência da América Espanhola

UNIDADE 5: A ERA DE NAPOLEÃO E A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

Introdução:

Napoleão foi um grande estrategista militar, tornou-se general aos 25 anos, chefe de Estado aos 30 (cônsul) e imperador de grande parte da Europa aos 40.
Amado por muitos e combatido por outros, foi acusado como invasor de territórios e déspota bastante autoritário (ditador).

Tema 1: Napoleão Bonaparte no poder

A crise do Diretório

Depois que os girondinos assumiram o poder na França revolucionária, não houve avanço para resolver a questão da crise econômica que empobrecia cada vez mais a população. Além disso, havia muita disputa política para tomar o poder e, consequentemente, a França estava sob a ameaça de um golpe de Estado, correndo o risco dos jacobinos ou os monarquistas voltarem ao poder.

Napoleão chega ao poder

Nessa época, o jovem general Napoleão Bonaparte que estava em campanha no Egito, foi chamado e, aclamado pela população, assumiu o governo da França em 18 Brumário (9 de novembro) de 1799.
Seus primeiros atos foram:
·         Aprovação de nova Constituição
·         Extinção do Diretório
·         Instauração do Consulado (órgão executivo, composto por três cônsules, o primeiro deles, o próprio Napoleão).

França: autoritarismo e recuperação econômica

Napoleão governou a França durante dezesseis anos. Tornou-se imperador em menos de cinco anos de governo, através de um plebiscito (consulta popular). 
Nesse período, os princípios iluministas republicanos e os que limitavam o poder do governante foram ignorados. Além disso, acabou com as liberdades individuais e políticas e procedeu a uma rigorosa censura com relação à imprensa.
Prometendo tornar a França uma grande potência mundial, buscou a conciliação nacional, atendendo os diversos grupos sociais: à população mais pobre destinou a reforma agrária, assim como apoiou a prosperidade da burguesia.
Recuperou as finanças do país criando o Banco da França, que financiava a agricultura e a indústria, reorganizou os impostos, construiu estradas e pontes, além de melhorar os serviços de correios e telégrafos.

A legislação napoleônica

Napoleão concluiu a reforma jurídica na França, que já havia sido iniciada durante a revolução. Assim, além do Código Comercial e Código Penal que já estavam em andamento, ele organizou o Código Civil Napoleônico, que regulava as questões civis da população (direito à propriedade, igualdade perante a lei, etc.).
Ver gravuras nas pág. 124 e 125. Uma delas retrata a coroação da imperatriz Josefina, em que Napoleão retira das mãos do papa a coroa e ele mesmo procede ao ato, numa demonstração de que seu poder estaria, a partir dali, desvinculado da Igreja.

Tema 2: O Império Napoleônico

As conquistas de Napoleão na Europa

Enquanto fazia reformas no país, Napoleão tratou de assinar acordo de paz com a Inglaterra (1802), porém, logo depois (1803) a Inglaterra uniu-se à Áustria, Prússia e Rússia e declararam guerra à França.
Napoleão, no entanto, conseguiu derrotar todos eles, com exceção da Inglaterra. Na tentativa de enfraquecer esse país, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, que consistia em proibir os países da Europa de comercializar com a Inglaterra, sob pena de terem seus territórios invadidos pelas tropas francesas.

Rússia, o começo do fim

Apesar do Bloqueio Continental, Portugal, que era dependente do comércio com a Inglaterra, não aderiu ao bloqueio, tendo seu território invadido pelas tropas francesas em 1808.
A Rússia também rompeu o bloqueio e em 1812, seu território começou a ser invadido por Napoleão. A estratégia da Rússia foi abandonar as cidades, não sem antes destruir a agricultura, os pastos, as casas, antes que as tropas chegassem.
Ao chegar a Moscou, os franceses encontraram a cidade incendiada e tiveram que retornar, enfraquecidos e perseguidos pelos russos. Além disso, o frio intenso aniquilou as tropas francesas, retornando à França, dos 600 mil soldados, menos de 60 mil que conseguiram sobreviver, cansados, doentes, famintos.

O Governo dos Cem Dias

Derrotado também politicamente, Napoleão abdicou em 1814 e foi exilado na ilha de Elba (Mar Mediterrâneo) e a França retomou a monarquia com Luís XVIII.
Com a população insatisfeita com esse retrocesso, Napoleão voltou e retomou o poder por apenas 100 dias, pois foi derrotado na guerra contra a Rússia, Áustria, Prússia e Inglaterra, em 1815.
Novamente foi exilado, desta vez na Ilha de Santa Helena (Oceano Atlântico), onde morreu em 1821.

O Congresso de Viena

Após a derrota da França, a Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia reuniram-se no Congresso de Viena, numa tentativa de redefinir o novo mapa de Europa, já que grande parte do território havia sido conquistado por Napoleão.
Tentaram também se unir criando a Santa Aliança (pacto militar) que iria impedir novas revoluções na Europa.
Assim, a França perdeu os territórios conquistados e retomou a monarquia, mas a Europa nunca mais foi a mesma depois da Revolução Francesa, já que esta influenciou novos movimentos liberais e nacionalistas, inclusive nas colônias americanas.

Tarefa: pág. 130

Tema 3: Os americanos lutam por liberdade

Na América começam a surgir movimentos emancipacionistas que visavam acabar com a exploração colonial.
Nos domínios espanhóis, divididos em quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais, a base da economia era a mineração, a agricultura e a pecuária.
O grupo dominante era formado pelos espanhóis, chamados de chapetones, e seus descendentes, os criollos. Os grupos dominados eram compostos pelos mestiços, pelos índios e escravos africanos.
Descontentes com a administração espanhola os criollos lideraram um conflito contra o governo da Espanha.
Aos poucos, foram conseguindo a independência das províncias.
O venezuelano, Simón Bolívar, líder dos combatentes, conseguiu a independência da Grã-Colômbia, da Colômbia, do Equador, Panamá e da Venezuela. Seu desejo era ver a América unida, mas não viu seu sonho ser realizado, pois as divergências internas criaram diferentes países na América espanhola.

Tema 4: México livre

O movimento de independência do México teve uma participação mais popular. O padre Miguel de Hidalgo liderou indígenas, mestiços e trabalhadores pobres contra a dominação espanhola. Mesmo depois de capturado e fuzilado, o ideal de Hidalgo continuou através de novos momentos contra a dominação e a opressão do povo, que foi duramente reprimido pelo governo espanhol.
No início dos anos 1820, os criollos, temendo novos levantes populares, declararam a independência do México.

Com relação à independência de Cuba, o movimento de independência dividiu-se entre dois grupos:
·         Autonomistas: defendiam a plena autonomia de Cuba após a independência.
·         Anexionistas: pretendiam que Cuba se unisse aos Estados Unidos, com quem mantinha vínculo comercial intenso.
No conflito contra a Espanha, os Estados Unidos interviram e a Espanha, vencida, aceitou a independência de Cuba em 1898.
Em 1902, os Estados Unidos aprovaram uma emenda constitucional chamada Emenda Platt, que dava ao país o direito de intervir em Cuba sempre que os seus interesses estivessem ameaçados.
Assim, Cuba viu-se independente da Espanha e sob a dominação norte-americana.

Tarefa: pág. 138




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